Confrontos no Sudão do Sul deixam mortos e reforçam tensão política no Alto Nilo
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Confrontos entre o Exército do Sudão do Sul e homens armados do chamado Exército Branco resultaram na morte de pelo menos quatro soldados e dez combatentes, segundo informou o porta-voz militar Garang Attini. Os ataques ocorreram na segunda-feira em uma região do Estado do Alto Nilo, próximo à cidade de Nasser, área marcada por violência recente e instabilidade política.

Attini relatou que os combatentes do Exército Branco realizaram três ataques distintos contra posições militares sul-sudanesas, provocando baixas em ambos os lados. O grupo, de acordo com opositores do primeiro vice-presidente Riek Machar, teria vínculos históricos com o seu partido, o Movimento de Libertação do Povo do Sudão-Oposição (SPLM-N), embora Machar e seu partido neguem qualquer conexão atual.
A violência no Alto Nilo ocorre em um contexto de crescente tensão política. A região foi palco de confrontos anteriores que culminaram na prisão de Machar no início deste ano, refletindo disputas internas de poder e fragilidade do governo central. Porta-vozes do SPLM-N e do Exército Branco não puderam ser contatados para comentar os incidentes desta semana.
Analistas alertam que episódios como este dificultam a estabilização do Sudão do Sul, país que enfrenta conflitos armados recorrentes, rivalidades políticas e desafios humanitários graves, incluindo deslocamento interno de civis e insegurança alimentar. As autoridades militares reforçaram a vigilância na região, enquanto esforços de mediação política permanecem limitados.