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Cortes em financiamentos ameaça fechar metade das organizações de mulheres em zonas de conflito

Um novo relatório divulgado nesta terça-feira (13) pela ONU Mulheres acendeu um sinal de alerta para a sobrevivência de organizações lideradas por mulheres em contextos de crise humanitária. A pesquisa mostra que 47% dessas entidades podem ser obrigadas a encerrar suas atividades nos próximos seis meses devido a cortes generalizados de financiamento.


O cenário é especialmente grave em um momento em que 308 milhões de pessoas em 73 países dependem de assistência humanitária – número que continua a crescer. Mulheres e meninas são as mais impactadas pelas emergências, enfrentando riscos elevados de mortalidade materna, desnutrição e violência sexual.


Apesar da crescente demanda, o sistema humanitário enfrenta um déficit severo de recursos. De acordo com o levantamento feito pela ONU com 411 organizações femininas que atuam em zonas de conflito, 90% já sofreram cortes no orçamento. Mais da metade (51%) precisou suspender programas, inclusive os voltados ao acolhimento de sobreviventes de violência baseada em gênero.




PARIS, Sophia. Batalhão da MINUSTAH inaugura hospital em Porto Príncipe. Porto Príncipe, Haiti. Fotografia. Organização das Nações Unidas. arquivo
PARIS, Sophia. Batalhão da MINUSTAH inaugura hospital em Porto Príncipe. Porto Príncipe, Haiti. Fotografia. Organização das Nações Unidas. arquivo


A situação levou quase 75% dessas entidades a demitir parte significativa de seus quadros de funcionários. Muitas já operavam com recursos escassos antes mesmo da recente onda de cortes.


Para a chefe da Ação Humanitária da ONU Mulheres, Sofia Calltorp, o cenário é crítico. “Essas organizações são a linha de frente da resposta humanitária. O colapso de seus serviços significa colocar em risco a vida de milhares de mulheres e meninas.”


Apesar dos desafios, a ONU destaca a resiliência dessas lideranças femininas, que continuam atuando com coragem e comprometimento para proteger suas comunidades. Em resposta ao quadro alarmante, a agência recomenda que doadores priorizem o financiamento direto, flexível e de longo prazo às organizações locais lideradas por mulheres.


“Apoiar essas iniciativas não é apenas uma questão de justiça e equidade – é uma necessidade estratégica para uma resposta humanitária eficaz”, concluiu Calltorp.

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