Cuba mantém firmeza diante de reincorporação à lista de terroristas dos EUA
- Clandestino
- 21 de jan.
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Cuba reafirmou sua postura inabalável em meio à reincorporação à lista unilateral de Estados patrocinadores do terrorismo pelos Estados Unidos. Apesar das medidas intervencionistas, autoridades cubanas asseguraram que a luta pela soberania da ilha continuará.
O presidente Miguel Díaz-Canel criticou duramente a decisão do governo norte-americano, liderado por Donald Trump, classificando-a como um ato de "arrogância e desprezo". Para Díaz-Canel, a manobra não surpreende e reflete intenções claras de dominação. Em publicação na rede social X, o líder cubano apontou que a medida é "um escárnio e abuso" que apenas reforça o descrédito das listas e sanções unilaterais de Washington.
O ministro das Relações Exteriores de Cuba, Bruno Rodríguez, também condenou a decisão, chamando-a de "regressão civilizacional" e afirmando que Trump, "embriagado de arrogância", mente deliberadamente ao associar Cuba ao terrorismo. Segundo Rodríguez, a verdadeira intenção do governo norte-americano é intensificar a guerra econômica que afeta as famílias cubanas.
Esteban Lazo, presidente da Assembleia Nacional, ressaltou que a medida contraria o clamor da maioria da comunidade internacional, que há décadas manifesta apoio à luta cubana contra o bloqueio e outras políticas coercitivas dos Estados Unidos.
De maneira semelhante, Roberto Morales, secretário de Organização do Partido Comunista de Cuba, afirmou que a ilha caribenha continuará resistindo a essas imposições e a quaisquer ações hostis provenientes do governo norte-americano.
A inclusão de Cuba na lista foi anunciada por Trump apenas seis dias após Joe Biden, seu antecessor, ter removido a ilha da designação. A decisão de Biden era vista como um passo tardio, mas necessário, para mitigar as tensões e reverter políticas consideradas prejudiciais à soberania cubana, incluindo o bloqueio econômico e a aplicação do Título III da Lei Helms-Burton.
Cuba havia sido incluída pela primeira vez na lista de Estados patrocinadores do terrorismo em janeiro de 2021, durante os momentos finais do primeiro mandato de Trump. Desde então, o governo cubano e grande parte da comunidade internacional têm denunciado a designação como arbitrária e sem fundamento.
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