Diante do recuo dos EUA, Brasil inicia negociações para cessar guerra comercial ilegal
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Em um movimento interpretado por especialistas como um recuo tático dos Estados Unidos, o chanceler brasileiro, Mauro Vieira, reuniu-se com o secretário de Estado Marco Rubio nesta quinta-feira (16) em Washington. O encontro, o primeiro de alto nível focado nas tarifas unilaterais de 50% impostas pelo governo do Presidente Donald Trump, marca a abertura de um processo negociador que o Brasil busca conduzir a partir de uma posição de soberania. Vieira classificou o diálogo como um "princípio auspicioso" para a normalização das relações.
Logo após a reunião, o chanceler brasileiro foi enfático ao declarar que reiterou a posição do governo Lula: a relação bilateral só poderá ser reestabelecida com a "reversão das medidas" coercitivas adotadas pela administração norte-americana. Para analistas, a súbita disposição de Washington em dialogar não é um gesto de boa vontade, mas uma resposta a pressões econômicas internas e à necessidade estratégica de acesso a recursos brasileiros. "A agenda da chantagem está fora", resumiu um especialista a agência Brasil de Fato.

A avaliação dentro do Itamaraty é de que as medidas dos EUA, vistas como um ato de guerra comercial, começaram a impactar negativamente a economia e os consumidores estadunidenses, forçando uma revisão da postura agressiva. O professor Paulo Borba Casella, da USP, destacou que a mudança ocorre porque
"essas tarifas já começaram a doer no bolso do consumidor que está pagando mais caro. E o consumidor é também eleitor".
Além do desgaste interno, um fator geopolítico crucial fortalece a posição brasileira: o controle do país sobre a segunda maior reserva mundial de terras raras, minerais essenciais para a indústria de alta tecnologia. Com a China, maior detentora, endurecendo suas políticas de exportação, os EUA se veem obrigados a buscar alternativas, tornando a punição ao Brasil um tiro pela culatra.
Apesar do clima descrito como "produtivo" pela diplomacia brasileira, as tratativas são conduzidas com extrema cautela. Fontes do Itamaraty admitem que se "pisa em ovos", uma vez que o Brasil não negocia sua soberania e exige o fim integral das sanções, não apenas um alívio tarifário. A negociação ratifica os acordos estabelecidos na conversa entre os presidentes Lula e Trump no início do mês, que designaram suas equipes para buscar uma solução. O objetivo final, ainda sem data definida, segue sendo um encontro presencial entre os dois mandatários.


























































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