Fogo no parquinho Nazi: Críticas de Israel à União Europeia
- www.jornalclandestino.org

- 10 de set.
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O ministro dos Negócios Estrangeiros de Israel, Gideon Sa’ar, criticou a decisão anunciada pela presidente da Comissão Europeia, Ursula von der Leyen, de suspender o “apoio bilateral” a Israel e interromper parcialmente as cláusulas comerciais do Acordo de Associação firmado em 1995. A medida foi apresentada no discurso anual sobre o Estado da União, em que von der Leyen denunciou a “fome provocada pelo homem” em Gaza e acusou Israel de tentar “minar a solução de dois Estados”.
Sa’ar classificou as declarações como “lamentáveis” e afirmou que algumas das expressões da presidente da Comissão Europeia ecoaram a “propaganda do Hamas e de seus parceiros”. Segundo o chanceler israelense, “mais uma vez, a Europa transmite a mensagem errada que reforça o Hamas e o eixo radical no Oriente Médio”. Ele acrescentou que Israel, inclusive em cooperação com a própria União Europeia, tem contribuído para esforços humanitários em Gaza, mas que o sofrimento da população palestina seria consequência exclusivo das ações do Hamas.

“O ponto principal não foi mencionado: o sofrimento em Gaza é inteiramente obra do Hamas”, declarou Sa’ar, reiterando que a guerra começou em 7 de outubro de 2023, quando militantes do grupo atacaram o sul de Israel. Ele lembrou ainda que 48 prisioneiros permanecem em cativeiro, sendo que apenas 20 estariam vivos. “Quem deseja o fim da guerra sabe como alcançá-lo: a libertação dos reféns, o desarmamento do Hamas e um novo futuro para Gaza”, disse.
A União Europeia, por sua vez, enfrenta divisões internas sobre como lidar com Israel. Apesar do anúncio de von der Leyen, não há consenso entre os Estados-membros para avançar com sanções mais duras, o que torna incerta a aplicação prática da suspensão do acordo. A presidente da Comissão afirmou que, embora o processo seja difícil, “todos temos de assumir nossas responsabilidades”.
Sa’ar rebateu afirmando que ceder a pressões contrárias à cooperação entre Israel e Europa “vai contra os interesses dos próprios Estados europeus” e destacou que a medida não corresponde ao comportamento esperado “entre parceiros”.


























































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