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Possibilidade de a França ser convidada para participar da cúpula do BRICS em 2026

Em meio a um cenário internacional marcado por disputas comerciais, pressões geopolíticas e a redefinição de blocos estratégicos, o presidente francês Emmanuel Macron prometeu apoio à presidência indiana do BRICS em 2026 durante uma conversa telefônica com o primeiro-ministro Narendra Modi. O diálogo também abordou a guerra entre Rússia e Ucrânia, tema reacendido após o encontro entre o presidente dos Estados Unidos, Donald Trump, e Vladimir Putin no Alasca. Macron destacou que França e Índia reforçarão cooperação em áreas essenciais para garantir soberania e autonomia de suas economias.


A sinalização de apoio de Macron à Índia ocorre em um momento delicado para o BRICS, já que Trump busca enfraquecer a aliança ao mesmo tempo em que sua administração intensifica tarifas sobre parceiros europeus, inclusive a França. A escalada de medidas protecionistas e a guerra tarifária vêm provocando realinhamentos diplomáticos entre o Ocidente e o Oriente, movimento que inclui até países tradicionalmente alinhados com Washington, como a Austrália, e que lança mensagens contraditórias à China.


Emmanuel Macron
Emmanuel Macron

Durante o telefonema, Macron afirmou que Paris e Nova Délhi trabalharão em conjunto na preparação para dois eventos-chave de 2026: a presidência francesa do G7 e a presidência indiana do BRICS. A possibilidade de a França ser convidada para participar da cúpula do BRICS, a ser realizada em território indiano, foi levantada após o gesto de Macron. Se ocorrer, será a primeira vez que um país europeu participa de maneira formal das discussões do bloco.


O interesse francês não é recente. Em 2023, Macron buscou integrar a cúpula do BRICS em Joanesburgo, na África do Sul, mas o convite foi negado pela chanceler Naledi Pandor. Segundo fontes diplomáticas, China e Rússia vetaram a presença francesa por desconfiarem de uma tentativa de infiltração para fragilizar a coesão do grupo. A presidência indiana, contudo, pode abrir uma nova janela de oportunidade para Paris em 2026, sinalizando uma flexibilização da postura em relação à participação de observadores externos.


Na mensagem publicada na rede X, Macron reiterou que França e Índia coordenarão posições sobre o conflito na Ucrânia, defendendo uma “paz justa e duradoura” que inclua garantias de segurança tanto para Kiev quanto para a Europa. Em paralelo, o presidente francês reforçou o compromisso de ampliar os intercâmbios econômicos bilaterais, afirmando que a parceria estratégica entre os dois países é “fundamental para a soberania e independência” de ambas as nações.


A relação franco-indiana, já marcada por cooperação em defesa, energia e tecnologia, ganha novo fôlego diante das tensões entre Washington e seus aliados. Caso a Índia estenda o convite à França para a cúpula do BRICS em 2026, o gesto poderá redefinir o equilíbrio entre blocos ocidentais e emergentes, além de consolidar o papel de Nova Délhi como mediadora entre diferentes polos de poder no sistema internacional.

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