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Índia e Paquistão reacendem fúria colonial com bombas, drones e mortes civis

Atualizado: 8 de mai.

A ofensiva militar batizada de “Operação Sindoor” mergulhou a Ásia numa nova escalada de violência entre Índia e Paquistão, resultando até agora na morte de ao menos 34 civis — 26 em território paquistanês e oito na Índia — além de mais de 70 feridos. A operação começou após um ataque não reivindicado em Caxemira, no lado indiano, que deixou 26 mortos, sendo prontamente atribuído por Nova Deli a grupos militantes operando a partir do Paquistão.


O governo indiano afirma ter alvejado nove supostos “alvos terroristas” em solo paquistanês, incluindo a Mesquita Subhan, localizada em Bahawalpur, na província de Punjab — local que, segundo a inteligência indiana, estaria vinculado ao grupo jihadista Jaish-e-Mohammed (JeM), aliado do Lashkar-e-Taiba (LeT), apontado como responsável pelos atentados de Bombaim em 2008. Em resposta, o Paquistão alega que nenhum dos alvos atacados abriga militantes e denuncia os bombardeios como atos de agressão deliberada contra sua soberania.



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Durante os confrontos, dois aviões e um drone da Força Aérea Indiana teriam sido abatidos, segundo Islamabad — informação negada pelas autoridades indianas, que acusam o vizinho de disseminar propaganda desinformativa. A retórica de guerra se intensificou ainda mais com declarações contundentes de ambas as partes. “Somos uma nação pacífica, mas responderemos com força”, advertiu o general paquistanês Syed Asim Munir, enquanto o primeiro-ministro Shehbaz Sharif reafirmava que o país “tem o direito de retaliar com energia diante desse ato de guerra”.


A crise também se ampliou no campo diplomático e ambiental. Nova Deli suspendeu unilateralmente o tratado de distribuição de água firmado em 1960, afetando o fluxo dos rios para o Paquistão, especialmente o rio Chenab. Islamabad acusou a Índia de manipular o caudal do rio, o que agrava as tensões em um território já marcado por décadas de disputas. “A água que é da Índia será usada para os indianos”, declarou o primeiro-ministro Narendra Modi em discurso inflamado, marcando mais um passo na ruptura dos frágeis acordos bilaterais.


O fogo cruzado ao longo da Linha de Controle, fronteira de facto na Caxemira, já perdura por mais de uma semana, com relatos diários de ataques noturnos entre tropas dos dois países. A retórica anti-paquistanesa na Índia e os apelos à unidade nacional no Paquistão evocam ecos do passado colonial, enquanto civis se tornam, mais uma vez, as primeiras vítimas da diplomacia feita à base de mísseis e munição.

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