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Israel retira nomes de prisioneiros palestinos e complica acordo de troca com Hamas

O serviço de segurança interna de Israel (Shabak) retirou quase 100 prisioneiros palestinos da lista inicialmente acordada para a troca negociada com o Hamas, complicando a implementação do cessar-fogo em Gaza. Entre os excluídos estão líderes considerados “linha vermelha” pelo movimento, como Marwan Barghouti, Ibrahim Hamed, Ahmad Saadat, Hassan Salameh e Abbas al-Sayed.


Marwan Barghouti, líder do Fatah, é considerado um dos principais símbolos da resistência palestina e um defensor da unidade nacional; está preso desde 2002 por sua atuação durante a Segunda Intifada.


Ibrahim Hamed, comandante das Brigadas Izz ad-Din al-Qassam em Ramallah, cumpre diversas penas de prisão perpétua por ataques contra alvos israelenses.


Ahmad Saadat é o secretário-geral da Frente Popular para a Libertação da Palestina (FPLP) e foi condenado por seu envolvimento político e militar na luta contra a ocupação.


Hassan Salameh, um dos comandantes das Brigadas al-Qassam, foi detido em 1996 e também cumpre múltiplas penas de prisão perpétua em cárceres israelenses.


Já Abbas al-Sayed, engenheiro e membro das Brigadas al-Qassam, foi condenado por organizar operações durante a Segunda Intifada.


Todos são figuras centrais da resistência palestina e permanecem presos em Israel, sendo amplamente reconhecidos por diferentes facções palestinas como prisioneiros políticos.


O acordo mediado no Egito previa a libertação de cerca de 250 prisioneiros palestinos condenados à prisão perpétua e 1.700 detidos de Gaza em troca de 48 prisioneiros israelenses, vivos e mortos. Com as alterações, a lista final de palestinos libertados ficou reduzida a 195 nomes, dos quais apenas cerca de 60 pertencem às fileiras do Hamas.


Ahmad Saadat
Ahmad Saadat

O Hamas confirmou oficialmente a existência do acordo de cessar-fogo, que também inclui a liberação gradual de 1.700 prisioneiros detidos após a operação “Tempestade de Al-Aqsa”, iniciada em 7 de outubro. O movimento palestino ressaltou que a cessação da agressão israelense é eixo central da trégua e condição para cumprir o pacto.


O exército israelense declarou que o cessar-fogo já entrou em vigor na Faixa de Gaza, mantendo tropas em determinadas áreas e permitindo o trânsito entre sul e norte do território pelas ruas Al-Rashid e Salah al-Din. Durante o período inicial, o Hamas deve entregar 20 prisioneiros israelenses vivos, enquanto Israel compromete-se a liberar os prisioneiros palestinos em etapas posteriores.


Segundo relatórios da mídia israelense Walla News, a retirada de nomes da lista inclui prisioneiros acusados de ligação com o Hamas, ameaças à segurança de Israel ou envolvimento em fabricação de explosivos. Além disso, o Shabak não incluiu palestinos residentes no território histórico de 1948, limitando ainda mais o alcance do acordo.


Comparativamente, a proporção de prisioneiros palestinos condenados à prisão perpétua liberados diminuiu em relação a acordos anteriores, como o de Shalit em 2011, quando 450 membros do Hamas foram libertados. A ação do Shabak aumenta a incerteza sobre o cumprimento integral do pacto e evidencia tensões entre os compromissos diplomáticos e a segurança interna de Israel.


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