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Pesquisa revela preocupação global com liberdade de imprensa, expressão e internet

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    Clandestino
  • 27 de abr.
  • 2 min de leitura

Uma pesquisa realizada pelo Pew Research Center em 35 países, incluindo o Brasil, apontou que, embora a maioria das pessoas valorize a liberdade de imprensa, de expressão e de acesso à internet, poucos acreditam que esses direitos sejam plenamente assegurados em seus países.



© UNICEF I Jim Holmes
© UNICEF I Jim Holmes

De acordo com o levantamento, 61% dos entrevistados ao redor do mundo consideram a liberdade de imprensa um valor fundamental, mas apenas 28% afirmam que a mídia é completamente livre para noticiar os fatos. Essa diferença, descrita como “lacuna de liberdade”, também se manifesta em outros campos. Nos Estados Unidos, por exemplo, 67% reconhecem a importância de uma imprensa livre, enquanto apenas 33% acreditam que ela seja totalmente independente. Cenário semelhante foi observado na Alemanha e na Austrália, onde o índice de percepção de liberdade plena também ficou em 33%.


Esses dados serão debatidos no “Fórum Liberdade de Expressão – 150 anos em defesa da liberdade e da democracia”, evento que homenageará o sesquicentenário do jornal Estadão e reunirá autoridades e especialistas em Brasília, na próxima terça-feira, 29.


Em relação à liberdade de expressão, 59% dos participantes destacaram sua importância, mas só 31% afirmaram sentir-se totalmente livres para se manifestar sem censura. Quanto ao uso da internet, 55% ressaltaram a relevância de um ambiente digital livre, enquanto 50% consideram que esse direito é de fato garantido.


O estudo também evidenciou uma preocupação global com a disseminação de notícias falsas. A maioria dos entrevistados em diversos países apontou a desinformação como um desafio sério, especialmente em economias de renda média e até em nações desenvolvidas, como Coreia do Sul (73%), Grécia (65%) e França (63%).


A pesquisa revelou ainda que o medo da desinformação está diretamente ligado à insatisfação com o funcionamento das democracias. Em países como Hungria, Israel e Reino Unido, a queda na confiança nas instituições acompanha o aumento da preocupação com as fake news.


Entre os países onde a liberdade de uso da internet é mais percebida estão Gana, Índia, Países Baixos e Suécia, onde cerca de dois terços da população afirmam acessar a rede sem grandes restrições.


O levantamento global ouviu 52,8 mil pessoas entre janeiro e maio de 2024. No Brasil, a pesquisa apontou que a maioria da população continua valorizando os direitos fundamentais, embora tenha havido queda na percepção de sua importância nos últimos anos.


Segundo o estudo, 62% dos brasileiros acreditam que a liberdade de imprensa é "muito importante", índice um pouco superior à média global. A liberdade de expressão é considerada essencial por 59% dos brasileiros — uma queda de nove pontos em comparação a 2015 — e apenas 36% sentem-se completamente livres para expressar suas opiniões. Em relação à internet, 60% apontam a importância de um ambiente livre, e 61% acreditam que esse direito é plenamente garantido no país.

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