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Lula confronta Trump, defende Palestina e reafirma soberania brasileira em discurso na ONU

O presidente do Brasil, Luiz Inácio Lula da Silva, abriu o debate geral da 80ª Assembleia Geral das Nações Unidas nesta terça-feira (23) enfatizando a importância de fortalecer o multilateralismo e proteger a soberania dos Estados. Ele destacou que a ONU, criada após a Segunda Guerra Mundial como símbolo de paz e prosperidade, enfrenta atualmente desafios inéditos, com sanções arbitrárias, intervenções unilaterais e ataques à democracia.


Em referência direta ao presidente dos Estados Unidos, Donald Trump, Lula classificou como inaceitável a ingerência externa em processos internos do país, mencionando a condenação judicial do ex-presidente Jair Bolsonaro e de aliados pela tentativa de golpe de Estado. Segundo Lula, setores da extrema direita subserviente e falsos patriotas têm promovido ações públicas contra as instituições brasileiras. “Não há pacificação com impunidade. Nossa democracia e soberania são inegociáveis”, afirmou.


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O presidente brasileiro defendeu a redução de gastos militares globais, maior investimento em desenvolvimento social e a criação de mecanismos internacionais mais justos de tributação e alívio da dívida para países pobres. Ele reiterou críticas ao uso da fome como arma de guerra e à perseguição de populações civis, citando especificamente o genocídio em Gaza e a necessidade de um Estado Palestino independente, aprovado por mais de 150 países da ONU, mas obstruído pelo veto estadunidense.


Lula também abordou questões regionais e internacionais, incluindo a crise climática, o desmatamento da Amazônia e a necessidade de reformas na Organização Mundial do Comércio (OMC). Ele destacou iniciativas brasileiras como a redução do desmatamento pela metade nos últimos dois anos, a implementação de leis de proteção de crianças e adolescentes no ambiente digital e a promoção de governança multilateral em inteligência artificial.


No plano regional, o presidente afirmou que a América Latina e o Caribe devem permanecer como zonas de paz, condenou a violência no Haiti, defendeu a negociação como solução para a crise na Venezuela e afirmou que Cuba não deveria ser listada como país que patrocina o terrorismo. Sobre o conflito na Ucrânia, reforçou que não existe solução militar e saudou esforços de mediação, incluindo iniciativas envolvendo China e Brasil.


Lula concluiu seu discurso enfatizando que o século XXI será multipolar e que a ONU precisa retomar seu papel de promotora de igualdade, paz, desenvolvimento sustentável e tolerância, destacando o protagonismo do Sul Global em fóruns internacionais como BRICS, G20, União Africana, ASEAN, CELAC e União Europeia.

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