Ministério da Defesa russo afirma que mais de 1,4 mil soldados ucranianos foram mortos em 24 horas de combate

O Ministério da Defesa da Rússia anunciou nesta terça-feira (9) que o exército ucraniano sofreu mais de 1.485 baixas em um único dia de confrontos ao longo de toda a linha de frente. As informações, divulgadas por Moscou, não puderam ser verificadas de forma independente, mas fazem parte do balanço diário da chamada “operação militar especial” conduzida pelo Kremlin desde fevereiro de 2022.

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De acordo com os dados oficiais, as perdas foram distribuídas entre diferentes áreas de combate: até 165 soldados na frente Norte, mais de 230 no setor Oeste, cerca de 240 no Sul, aproximadamente 515 no Centro, mais de 265 no Leste e 70 na região do rio Dnipro. Além das baixas humanas, a Rússia afirma ter destruído tanques, veículos blindados, sistemas de guerra eletrônica, artilharia e depósitos de munição.

Na frente Norte, unidades russas atacaram brigadas mecanizadas e de defesa territorial perto de Alekseyevka e Yunakovka, na região de Sumy, além de posições em Volchansk e Pokalyanoe, em Kharkiv. Moscou relata a destruição de um tanque, dois blindados e 11 automóveis.

No setor Oeste, tropas russas afirmam ter avançado posições em localidades como Blagodatovka e Kupyansk, em Kharkiv, e Yampol, na região de Donetsk, atingindo brigadas mecanizadas e da Guarda Nacional ucraniana. Segundo o informe, oito sistemas de guerra eletrônica e três armazéns de munições foram destruídos.

Na frente Sul, os combates envolveram áreas como Kramatorsk, Seversk e Stepanovka, também em Donetsk. Moscou afirma ter neutralizado veículos blindados, canhões de artilharia e depósitos logísticos. No Centro, as ofensivas teriam ocorrido em cidades como Mirnograd e Pokrovsk, resultando em perdas de equipamentos militares.

Já nas frentes Leste e Dnipro, a Rússia afirma ter atingido brigadas mecanizadas, de fuzileiros navais e de defesa costeira em regiões como Zaporíjia, Kherson e Dnipropetrovsk. Entre os alvos destruídos, estariam quatro armazéns de suprimentos e quatro estações de guerra eletrônica.

Apesar das cifras divulgadas por Moscou, Kiev não confirmou os números e costuma contestar os dados russos, da mesma forma que a Rússia contesta os balanços fornecidos pela Ucrânia. A dificuldade de verificação independente mantém em aberto a real dimensão das perdas de ambos os lados em um conflito que já se estende por mais de dois anos e continua sem perspectivas de cessar-fogo.