Mísseis iranianos geram prejuízo diário de US$ 200 milhões e aprofundam crise econômica em Israel

A economia israelense enfrenta uma crescente pressão financeira em meio à intensificação do conflito com o Irã. De acordo com reportagens da imprensa israelense e ocidental, os ataques retaliatórios diários do Irã estariam gerando perdas estimadas em US$ 200 milhões por dia para o governo israelense, comprometendo setores comerciais e sobrecarregando o sistema de defesa do país.

Destruição em Ramat Gan, após a resposta defensiva do Irã com mísseis na manhã de quinta-feira 19 de junho, em Tel Aviv. ©PressTV

O Wall Street Journal, citando especialistas em segurança, afirmou que o custo de operação dos sistemas de interceptação de mísseis — como o Domo de Ferro e o sistema David’s Sling — responde pela maior parte dos gastos diários. Com a contínua ofensiva iraniana, as forças de defesa de Israel vêm sendo forçadas a acionar esses sistemas com frequência crescente, elevando drasticamente o orçamento militar.

Além das despesas militares, os impactos econômicos se espalham pelas principais cidades do país. Segundo o jornal israelense Maariv, cerca de 50% dos estabelecimentos comerciais em Tel Aviv permaneceram fechados nos últimos dias, resultado direto da insegurança provocada pelos ataques com mísseis. Os mercados e centros urbanos estariam “vazios e silenciosos”, refletindo o temor da população e a paralisia das atividades econômicas.

Os prejuízos se intensificaram após a ofensiva israelense contra alvos iranianos na última sexta-feira, que desencadeou uma série de contra-ataques coordenados por Teerã. Desde então, o Irã tem lançado mísseis diariamente contra infraestruturas estratégicas e áreas urbanas nos territórios ocupados, testando os limites das defesas aéreas israelenses.

Especialistas alertam que, se a guerra continuar nesse ritmo, os efeitos sobre o PIB e o déficit fiscal de Israel poderão ser severos. A perspectiva de uma guerra prolongada com o Irã coloca em xeque a resiliência econômica do país e levanta dúvidas sobre sua capacidade de sustentar o esforço militar sem comprometer serviços civis e a estabilidade social.