Mortes em centros de detenção de imigrantes nos EUA aumentam
- www.jornalclandestino.org

- 30 de jun
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Pelo menos 12 imigrantes morreram sob custódia do governo dos Estados Unidos desde janeiro deste ano, quando Donald Trump iniciou seu segundo mandato como presidente. As mortes ocorreram em centros de detenção administrados pelo Serviço de Imigração e Controle de Alfândegas (ICE), órgão responsável por manter detidos estrangeiros em situação irregular no país.

Segundo informações divulgadas por veículos internacionais como o jornal britânico The Independent, entre os casos registrados estão dois suicídios, além das mortes de um cidadão canadense e outro cubano. As causas das demais mortes ainda não foram divulgadas oficialmente.
Especialistas e organizações de direitos humanos têm denunciado a situação crítica nas instalações do ICE, que enfrentam graves problemas de superlotação e negligência. Em meados de junho, mais de 56 mil pessoas estavam sob custódia da agência — número que ultrapassa em cerca de 40% a capacidade oficial dos centros de detenção.
“O sistema de detenção de imigração nunca foi ideal, mas as condições atuais são as piores que já testemunhei em 20 anos de atuação”, afirmou Paul Chavez, diretor de litígios e advocacia da Americans for Immigrant Justice, em entrevista ao The New York Times.
Analistas estimam que o número de mortes sob custódia pode chegar a 24 até o final do ano, o que deixaria a atual gestão próxima de superar o recorde de 28 óbitos registrados durante o governo de George W. Bush.
A política migratória adotada por Trump, marcada por ações repressivas e deportações em massa, tem sido duramente criticada por organizações internacionais. Casos de separação de famílias, detenções arbitrárias — inclusive de pessoas com tatuagens consideradas “suspeitas” — e deportações de trabalhadores estrangeiros reacenderam o debate sobre práticas xenofóbicas e violações de direitos humanos nos Estados Unidos.
Grupos de defesa dos direitos dos imigrantes organizam protestos em diferentes estados dos EUA, exigindo o fim das detenções em massa e a responsabilização do governo pelas mortes ocorridas sob custódia oficial.



























































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