OMS entrega medicamentos à Síria e ONU intensifica campanha contra cólera em Al-Hol
- Clandestino
- 6 de jan.
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A Organização Mundial da Saúde (OMS) realizou, nesta segunda-feira, a primeira entrega de emergência de 2025 à Síria. O carregamento, contendo 32,5 toneladas de medicamentos e kits de emergência avaliados em US$ 600 mil, chegou ao Aeroporto Internacional de Damasco, partindo do centro logístico da organização em Dubai.
A operação marca a continuidade de esforços humanitários que somaram 47 entregas semelhantes em 2024. Os suprimentos médicos enviados têm capacidade para atender as necessidades imediatas de 300 mil pessoas e permitir mais de 9,3 mil consultas de trauma, reforçando a capacidade de resposta do sistema de saúde sírio.

Surto de cólera no complexo de Al-Hol
No nordeste da Síria, equipes das Nações Unidas trabalham para conter um surto de cólera no campo de detenção de Al-Hol, detectado em outubro e confirmado por exames laboratoriais. O local abriga cerca de 40 mil pessoas, incluindo sírios, iraquianos e indivíduos de outras nacionalidades, muitos deles familiares de supostos combatentes do Estado Islâmico (Isis) e outros grupos extremistas.
Sem um centro especializado para tratar diarreias aquosas agudas no campo, a ONU lançou uma campanha de vacinação em parceria com o Fundo das Nações Unidas para a Infância (Unicef). O especialista em saúde do Unicef, Khourchid Hasan, destacou que, apesar de desafios como rumores de ataques extremistas e a instabilidade na região, foi possível alcançar grande parte dos detidos e garantir a imunização.
Hasan também reconheceu o apoio das autoridades interinas em Damasco e das forças locais no nordeste da Síria, que facilitaram a distribuição das vacinas no complexo, controlado pelas Forças Democráticas Sírias, com apoio curdo.
Deslocados enfrentam condições precárias
Enquanto a Síria tenta se reconstruir após anos de conflito, mais de 1,5 mil acampamentos improvisados no noroeste do país abrigam pessoas deslocadas pela guerra. A Organização Internacional para Migrações (OIM) alertou para a gravidade da crise humanitária, com moradores enfrentando a falta de alimentos, água potável e saneamento básico.
Para amenizar a situação, a OIM fornece itens essenciais como cobertores e kits de higiene. No entanto, os deslocados continuam pedindo mais assistência alimentar e ajuda financeira para cobrir despesas médicas e outras necessidades urgentes.
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