top of page

“Os funerais e os cadáveres de soldados inimigos se tornarão rotina enquanto a ocupação mantiver sua guerra criminosa contra nosso povo.”

O braço armado do Hamas, as Brigadas Ezzedin Al-Qassam, anunciou nesta segunda-feira (7) a realização de uma emboscada considerada uma das mais letais desde o início da atual ofensiva israelense na Faixa de Gaza. A ação ocorreu em Beit Hanoun, no norte do enclave, e resultou na morte de ao menos seis soldados israelenses, além de dezenas de feridos, quatro deles em estado crítico.


©Majdi Fathi I APA
©Majdi Fathi I APA

A operação, descrita como “altamente coordenada e multifásica”, envolveu a explosão de quatro artefatos em sequência e ataques com armas leves, atingindo tropas e equipes de resgate enviadas ao local. Um tanque israelense foi o primeiro alvo. Ao tentarem socorrer os feridos, outras unidades caíram em novas armadilhas explosivas.


O Hamas divulgou um cartaz intitulado "Vamos esmagar a grandeza de seu exército", com uma citação de seu porta-voz, Abu Obeida: “Os funerais e os cadáveres de soldados inimigos se tornarão rotina enquanto a ocupação mantiver sua guerra criminosa contra nosso povo.” A mensagem foi interpretada como um aviso de que novas ações contra o Exército israelense estão por vir.


A emboscada de Beit Hanoun foi destacada pela imprensa israelense como uma das mais complexas e sangrentas da atual guerra, sendo comparada ao episódio de Khan Younis, que também causou forte impacto nas forças de ocupação. Após o ataque, uma reunião entre o primeiro-ministro israelense Benjamin Netanyahu e o enviado dos EUA para a Ásia Ocidental, Steve Witkoff, foi abruptamente cancelada. Fontes próximas ao governo divulgaram uma imagem de Netanyahu visivelmente abalado ao receber a notícia em Washington.


Além das perdas militares, o Hamas alertou que metade dos detidos israelenses sob seu controle está localizada em áreas de alto risco, e que o governo de Israel deve buscar negociações imediatas caso queira garantir a segurança dessas pessoas.


A operação reforça a avaliação de diversos analistas israelenses de que a ofensiva em Gaza enfrenta impasses e contratempos tanto no campo militar quanto no diplomático. Ex-comandantes e estrategistas vêm classificando a campanha como um "fracasso estratégico", diante da resiliência da resistência palestina e da crescente pressão internacional contra a continuidade dos bombardeios.


Enquanto isso, a liderança do Hamas reafirma que seguirá combatendo até que um acordo justo seja alcançado — ou até o martírio, como declarou um dos seus comandantes.

Comments


LEIA ON-LINE GRATUITAMENTE OU ADQUIRA UMA DAS VERSÕES DA EDITORA CLANDESTINO.

Todos os arquivos estão disponíveis gratuitamente, porém, ao adquirir um de nossos arquivos, você contribui para a expansão de nosso trabalho clandestino.

bottom of page