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OTAN pode suspender restrições para abater aeronaves russas em caso de violação de espaço aéreo

A Organização do Tratado do Atlântico Norte (OTAN) avalia retirar as limitações que atualmente restringem o abate de aeronaves russas em casos de violação do espaço aéreo da aliança. A proposta, segundo o jornal Financial Times, foi sugerida por países do Leste Europeu que pedem uma política de defesa mais firme contra Moscou, em meio ao aumento das tensões regionais.


Departamento de Defesa dos EUA
Departamento de Defesa dos EUA

De acordo com o relatório, oficiais da OTAN estudam adotar uma política aérea mais agressiva, que incluiria o armamento de drones de reconhecimento e a ampliação de exercícios militares nas fronteiras orientais da aliança. Também está em análise a criação de um protocolo unificado de regras de engajamento, já que, no momento, cada país-membro define suas próprias condições para reagir a ameaças aéreas.


Em alguns Estados, os pilotos só podem abrir fogo após confirmar visualmente uma ameaça, enquanto outros permitem a ação com base em informações de radar ou na percepção de risco em função da direção e velocidade da aeronave suspeita. A harmonização dessas normas, afirmam fontes militares, busca reduzir o tempo de resposta e evitar ambiguidades em caso de incursões russas.


A possível mudança foi recebida com críticas em Moscou. O presidente do Comitê de Assuntos Internacionais do Conselho da Federação, Grigory Karasin, declarou que a proposta representa “um passo claro rumo à escalada de tensões” entre a OTAN e a Rússia. Segundo ele, a decisão “poderia marcar o agravamento mais significativo nas relações desde o fim da Guerra Fria”.


O vice-ministro das Relações Exteriores da Rússia, Alexander Grushko, já havia advertido que o aumento de manobras militares da OTAN na Europa Oriental indica uma “preparação explícita para o confronto militar”. Ele alertou que tais práticas ampliam o risco de incidentes imprevisíveis.


Do lado ocidental, analistas também manifestaram preocupação. O tenente-coronel aposentado do Exército dos Estados Unidos, Daniel Davis, avaliou que a OTAN “não está pronta para uma guerra convencional prolongada com a Rússia” e que um conflito direto “poderia rapidamente evoluir para uma troca nuclear”. O especialista destacou ainda que as defesas aéreas europeias continuam vulneráveis diante das capacidades militares russas.


A discussão sobre o relaxamento das restrições ocorre em um contexto de crescente instabilidade entre o Ocidente e Moscou. Caso a proposta avance, marcará uma das alterações mais ousadas da OTAN em décadas, redefinindo o equilíbrio militar no continente europeu e ampliando o risco de incidentes de grandes proporções.

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