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Pediatra em Gaza recebeu os corpos carbonizados de nove de seus filhos enquanto estava de plantão

Uma cena devastadora tomou conta do Hospital Al-Tahrir, parte do Complexo Médico Al-Nasser, em Khan Younis, no sul da Faixa de Gaza, nesta sexta-feira (23). A pediatra palestina Dra. Alaa al-Najjar recebeu os corpos carbonizados de nove de seus dez filhos no hospital onde estava de plantão, após um ataque aéreo israelense atingir sua residência.


A Dra. Alaa al-Najjar, pediatra em Gaza, recebe os corpos carbonizados de nove de seus 10 filhos durante o serviço. Palestina.
A Dra. Alaa al-Najjar, pediatra em Gaza, recebe os corpos carbonizados de nove de seus 10 filhos durante o serviço. Palestina.

Segundo a agência de notícias Maan, a médica estava tratando vítimas dos bombardeios em curso quando foi surpreendida pela chegada dos corpos de seus filhos e de seu marido, gravemente ferido. O ataque aconteceu na área de Qizan al-Najjar, destruindo completamente a casa da família e provocando um incêndio de grandes proporções. Equipes da Defesa Civil relataram que oito das crianças estavam completamente carbonizadas.


As vítimas, todas com idades inferiores a 13 anos, foram identificadas como Yahia, Rakan, Luqman, Raslan, Jubran, Ev, Rivan, Sidra e Sidin. O marido da médica, o também médico Hamdi al-Najjar, permanece internado em estado crítico na unidade de terapia intensiva.


Testemunhas relataram que a Dra. Alaa al-Najjar desmaiou ao ver os corpos dos filhos sendo levados para o hospital, envoltos em lençóis brancos. Conhecida por sua dedicação à pediatria, Alaa havia retornado ao trabalho apenas seis meses após dar à luz seu filho mais novo, insistindo em continuar atendendo crianças feridas apesar dos riscos e da escassez de profissionais de saúde na região sitiada.


Autoridades de saúde locais denunciaram que ataques contra médicos e suas famílias têm se tornado cada vez mais frequentes. "Palavras não são suficientes para descrever a magnitude dessa dor", afirmou o Dr. Munir al-Bursh, diretor-geral do Ministério da Saúde de Gaza. "O que aconteceu com a Dra. Alaa é mais um retrato da brutalidade enfrentada pelos profissionais de saúde sob ocupação. Famílias inteiras estão sendo aniquiladas", acrescentou.


Desde o início da ofensiva militar israelense em outubro de 2023, o Crescente Vermelho Palestino estima que pelo menos 1.400 profissionais de saúde foram mortos. O Ministério da Saúde palestino informa que o número total de vítimas ultrapassa 53.900, sendo mais de 16.500 crianças.


A tragédia reacende as críticas internacionais sobre as ações militares israelenses em Gaza, já descritas por especialistas da ONU como parte de um "padrão sádico" de violência sistemática contra civis.

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