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Petro desafia a direita e reafirma aliança econômica com a Venezuela

Em meio ao bombardeio retórico da direita colombiana, o presidente Gustavo Petro reiterou nesta segunda-feira (28) seu apoio ao projeto de criação de uma zona econômica compartilhada entre Colômbia e Venezuela. O plano, que visa combater a pobreza e a desigualdade nas regiões de fronteira, tem sido alvo de ataques intensos, especialmente do ex-presidente Álvaro Uribe Vélez.


Gustavo Petro. ©Colprensa
Gustavo Petro. ©Colprensa

Uribe, figura central da oposição, utilizou a rede X para acusar o projeto de representar uma tentativa de transformar a região em uma “grande Cuba”. Sem mencionar o impacto das sanções internacionais sobre a crise venezuelana, ele apelou para discursos alarmistas sobre “comunismo” e “ditadura”, em uma tentativa de descredibilizar a proposta e inflamar a opinião pública.


Petro, por sua vez, respondeu com uma declaração firme e simbólica. Evocando a memória de Simón Bolívar e o sonho de integração latino-americana, o presidente afirmou que colombianos e venezuelanos são filhos de uma mesma história, e não devem ser levados a se enfrentar como “Caim e Abel”. Em tom poético, disse que prefere ver "borboletas amarelas" caindo dos telhados a "litros de sangue" — uma resposta direta à retórica belicista de Uribe.


A fala de Petro ocorre no mesmo dia em que Uribe enfrenta julgamento por crimes de suborno, fraude processual e manipulação de testemunhas. O ex-presidente também é acusado há anos de ligações com grupos paramilitares, responsáveis por massacres e violações de direitos humanos durante o conflito armado colombiano.


Petro evitou mencionar diretamente o processo judicial em curso, mas reforçou seu apelo por unidade entre os povos da região. “Os aurelianos romperão a solidão”, declarou, numa referência literária ao realismo mágico de Gabriel García Márquez, símbolo da esperança diante do autoritarismo.

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