Refugiados com deficiência em Gaza enfrentam barreiras para acessar ajuda humanitária
- www.jornalclandestino.org

- 16 de ago.
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Em meio ao prolongado conflito em Gaza, pessoas com deficiência enfrentam dificuldades extremas para sobreviver. Segundo a Agência da ONU para Refugiados da Palestina (UNRWA), 83% delas perderam seus dispositivos auxiliares, como cadeiras de rodas e aparelhos auditivos, o que limita o acesso a alimentos, água e cuidados médicos.

Ordens de deslocamento emitidas por forças israelenses antes de incursões tornam-se quase impossíveis de seguir para quem tem mobilidade reduzida ou problemas de audição. Estima-se que um em cada quatro moradores de Gaza tenha adquirido uma deficiência em decorrência dos ataques, e ao menos 35 mil sofrem de danos auditivos significativos provocados por explosões.
Com mais de 134 mil feridos — incluindo 40,5 mil crianças — o sistema de saúde de Gaza, já sobrecarregado e com infraestrutura destruída, não consegue suprir as necessidades. A UNRWA afirma que hospitais e ambulâncias foram alvos frequentes, resultando na morte de mais de 1.500 profissionais de saúde e 467 trabalhadores humanitários.
A distribuição de ajuda também é limitada. Os poucos pontos existentes exigem longos deslocamentos, impossíveis para muitos sem apoio familiar. Centros de reabilitação, como o destinado a deficientes visuais e único do tipo em Gaza, foram destruídos, agravando a exclusão social.
Mesmo diante das restrições, a UNRWA mantém ações de apoio, oferecendo milhares de sessões de fisioterapia e alguns dispositivos de assistência. Para a OMS, porém, a entrada de equipamentos e a ampliação das evacuações médicas são urgentes. Seu diretor-geral, Tedros Adhanom Ghebreyesus, reforçou que apenas o fim do conflito poderá encerrar o sofrimento da população, em especial das pessoas com deficiência.



































































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