Senhor do norte - poema de Luiz Fernando Souto
- Clandestino
- 22 de dez. de 2024
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E em frente ao shoppping,
segue o cortejo,
as pessoas as ruas e os desejos,
assim posso ver,
como são pequenos os nossos infortúnios,
perante aos golpes do milênio,
deixo como testemunha,
a solidão dos desertos do Afeganistão,
deixo como verdade a decrepta eternidade do senhor capital.
Das vidas que se foram em tora bora,
até as espadas voadoras que vazaram o corpo das gêmeas;
sorriram Fausto Goeth e Menelau,
e então veio um senhor do norte,
tal qual Fausto,
celebrar a vida e a morte
mas acena para ele o cutelo tenebroso,
E aponta o fracasso de um sistema que trás em seu ventre, o inferno tenebroso.
Luiz Fernando Souto
“Fiz esse verso em 2004 e reflete o momento em hegemonia do império estadunidense promovia o horror inclusive fazendo autoatentado.”