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Após desfilar com bandeira de Israel, Tarcísio lambe as botas de Trump mesmo com prejuízos para SP

Governador de São Paulo tenta culpar Lula por tarifas dos EUA, enquanto estado paulista lidera exportações afetadas pela medida de Trump


Governador de SP, Tarcísio de Freitas
Governador de SP, Tarcísio de Freitas

A decisão do presidente dos Estados Unidos, Donald Trump, de impor uma tarifa de 50% sobre produtos brasileiros trouxe à tona embates políticos e expôs contradições dentro do próprio campo conservador. O governador de São Paulo, Tarcísio de Freitas (Republicanos), alinhado ao bolsonarismo, saiu em defesa do republicano estadunidense — mesmo com o prejuízo direto à economia paulista, principal exportadora para os EUA.


Nas redes sociais, Tarcísio responsabilizou o presidente Lula pelo aumento da tarifa, afirmando que “colocou sua ideologia acima da economia”. A declaração foi mal recebida por diversos setores, inclusive dentro da própria base econômica que tradicionalmente o apoia.


A ministra das Relações Institucionais, Gleisi Hoffmann, rebateu: “Quem está colocando ideologia acima dos interesses do país é o governador Tarcísio e os que aplaudem o tarifaço de Trump. Estamos diante de um ataque à soberania, à economia e à democracia brasileira”.


O ministro do Empreendedorismo, Márcio França (PSB), ironizou a postura do governador: “Quando Tarcísio desfilava de boné ‘Make America Great Again’, ninguém avisou que o paulista ia pagar a conta. Trump meteu 50% de tarifa no Brasil e adivinha quem está na linha de frente do prejuízo? São Paulo”.


Exportações em risco

Segundo dados da Câmara Americana de Comércio (Amcham), São Paulo exportou US$ 13,5 bilhões para os Estados Unidos em 2024 — cerca de um terço das exportações brasileiras ao país. Entre os principais produtos estão aeronaves, equipamentos de engenharia civil e sucos de frutas. Com as novas tarifas, setores produtivos e financeiros do estado se preocupam com o impacto econômico direto.


O vice-governador paulista, Felício Ramuth (PSD), adotou um tom mais cauteloso e afirmou à Folha de S.Paulo que "o momento é de calma e de novas rodadas de negociação", tentando conter os danos políticos e econômicos.


Críticas até da velha imprensa

Nem mesmo setores conservadores da mídia pouparam o governador. Em editorial publicado nesta quinta-feira (10), O Estado de S. Paulo classificou como "deplorável" a postura de Tarcísio, lembrando seu apoio explícito a Trump mesmo após as primeiras ameaças ao Brasil. O jornal considerou acertada a resposta firme do governo federal e criticou o que chamou de “falsos patriotas”.


Reação do governo federal

O presidente Lula, em entrevistas à Record e à Globo, já havia anunciado a possibilidade de aplicar a Lei da Reciprocidade Econômica, aprovada em abril, como resposta às tarifas de Trump. O governo também estuda recorrer à Organização Mundial do Comércio (OMC) e formou um grupo de trabalho para avaliar medidas retaliatórias.


O ministro da Casa Civil, Rui Costa, confirmou que as medidas estão sendo analisadas e reforçou que o Brasil não aceitará ataques à sua soberania: “A resposta será firme e proporcional”.


Enquanto isso, cresce a pressão sobre Tarcísio de Freitas, que, ao optar por defender Trump mesmo diante de prejuízos concretos para o estado que governa, passa a enfrentar desgaste político e questionamentos sobre suas prioridades.

 
 
 

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