Trump afirma que ainda não decidiu sobre participação dos EUA na guerra contra o Irã
- Clandestino
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O presidente dos Estados Unidos, Donald Trump, declarou nesta quarta-feira (18) que ainda não tomou uma decisão final sobre o possível envolvimento militar direto dos EUA no conflito em curso entre Irã e Israel. Durante pronunciamento à imprensa, Trump também afirmou que está avaliando a possibilidade de atacar a instalação nuclear iraniana de Fordow, mas que ainda não definiu uma posição.
“Não tomamos nenhuma decisão sobre o envolvimento direto na guerra, nem sobre atacar Fordow”, disse o presidente, acrescentando que acredita que o Irã “está a poucas semanas de obter uma arma nuclear”. Segundo ele, “meus apoiadores não querem ver o Irã com uma bomba atômica”.
Apesar do tom beligerante, Trump sinalizou que ainda há espaço para negociações diplomáticas. “O Irã gostaria de se encontrar com os Estados Unidos, e nós também. Ainda é possível alcançar um acordo”, afirmou.

Divergência com a Inteligência dos EUA
As declarações de Trump ocorrem em meio a uma divergência pública com a diretora do Serviço Nacional de Inteligência, Tulsi Gabbard. Em relatório apresentado ao Congresso em março, Gabbard afirmou que não há evidências de que o Irã esteja tentando construir uma ogiva nuclear — avaliação que Trump rejeitou abertamente.
“Eu não me importo com o que ela diz. Acho que eles estavam muito perto de conseguir”, rebateu o presidente, alinhando seu discurso com as acusações feitas por Israel para justificar os recentes ataques contra o território iraniano.
Irã nega contato com Washington
Em resposta às alegações de Trump sobre uma suposta tentativa iraniana de retomar o diálogo, a missão do Irã na ONU negou categoricamente qualquer iniciativa nesse sentido. “Nenhum funcionário iraniano jamais implorou por negociações com os Estados Unidos”, afirmou a delegação em comunicado, classificando as declarações de Trump como infundadas.
As tensões entre Irã, Israel e os EUA seguem crescendo, e a ausência de um posicionamento claro da Casa Branca aumenta a incerteza sobre os próximos passos da maior potência militar do mundo diante do agravamento do conflito no Oriente Médio.
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