Vira-lata: Eduardo Bolsonaro exalta Trump após tarifa contra Brasil e ataca STF
- www.jornalclandestino.org

- 10 de jul.
- 2 min de leitura
O deputado federal licenciado Eduardo Bolsonaro (PL-SP) causou polêmica nesta quarta-feira (9) ao afirmar que os brasileiros deveriam agradecer ao presidente dos Estados Unidos, Donald Trump, pela nova tarifa de 50% imposta sobre produtos brasileiros. Segundo ele, a medida seria uma resposta internacional aos “abusos” do ministro Alexandre de Moraes, do Supremo Tribunal Federal (STF).

Em publicação nas redes sociais, Eduardo escreveu: “Povo brasileiro, vamos fazer o mundo ouvir a nossa voz. Coloque o seu agradecimento ao Presidente Donald Trump abaixo e vamos rumo à Lei Magnitsky”. Eduardo faz referência à legislação estadunidense que permite a imposição de sanções contra autoridades estrangeiras acusadas de violar direitos humanos.
Aliado de Trump e defensor ferrenho do ex-presidente Jair Bolsonaro, Eduardo afirmou estar trabalhando para que o Congresso dos EUA aplique a Lei Magnitsky contra Alexandre de Moraes. Segundo ele, isso incluiria revogação de visto e congelamento de bens do ministro. O parlamentar acusa Moraes de agir com autoritarismo e responsabiliza o magistrado pelas sanções econômicas aplicadas ao Brasil.
Em nota, Eduardo declarou que o governo Trump reconheceu as denúncias que ele e seus aliados vêm fazendo nos últimos meses. Para o deputado, a decisão dos EUA reflete uma percepção de desequilíbrio nas relações comerciais e diplomáticas com o Brasil, o que, segundo ele, seria consequência da “escalada autoritária” do Judiciário brasileiro.
A ofensiva de Eduardo Bolsonaro ocorre em meio à crescente pressão internacional impulsionada por políticos estadunidenses alinhados à extrema direita. A deputada republicana María Elvira Salazar também pediu sanções contra Moraes, alegando que o ministro representa uma ameaça à liberdade de expressão.
A tentativa de transformar um ataque econômico em capital político revela a estratégia bolsonarista de internacionalizar sua narrativa de perseguição, enquanto o Brasil sofre os impactos diretos de uma política comercial cada vez mais hostil vinda de Washington.



































































Comentários