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Zimbábue encara Washington: “Já sobrevivemos a sanções, sobreviveremos de novo”

O Zimbábue fez um apelo à África do Sul: não se curve à pressão dos Estados Unidos. Durante a Cúpula dos Movimentos de Libertação de 2025, realizada em Kempton Park, o partido governista ZANU-PF defendeu que Pretória resista a um projeto de lei estadunidense que ameaça impor sanções ao Congresso Nacional Africano (ANC), por supostamente apoiar nações como China, Rússia e Irã.


O porta-voz do ZANU-PF, Christopher Mutsvangwa, criticou a iniciativa liderada pelo congressista republicano Ronny Jackson, que pode dar ao presidente Donald Trump poderes ampliados para sancionar líderes do ANC. “Essas questões poderiam ser resolvidas diplomaticamente. Mas se os EUA escolherem a hostilidade, que seja — nós temos duas décadas de experiência com sanções”, declarou Mutsvangwa.


Segundo ele, os embargos anteriores não impediram o desenvolvimento nacional. “Estamos à beira de nos tornarmos a economia mais dinâmica da África. Desenvolvemos até uma indústria siderúrgica que talvez desperte a inveja dos próprios Estados Unidos”, afirmou ao canal Newzroom Afrika.


Christopher Mutsvangwa ©CITE
Christopher Mutsvangwa ©CITE

As relações entre Harare e Washington permanecem tensas desde os anos 2000, quando o governo Bush impôs sanções ao então presidente Robert Mugabe. Embora o ex-presidente Joe Biden tenha suspenso essas sanções em 2024, o novo projeto de lei representa um retrocesso nas tentativas de reaproximação.


A proposta legislativa foi vista com apreensão por lideranças do ANC. A porta-voz do partido sul-africano, Mahlengi Bhengu-Motsiri, relembrou o passado de resistência: “Viemos de uma história em que sanções nos foram impostas por lutarmos contra o apartheid. Ser isolado pelos EUA, mais uma vez, só reforça a nossa soberania.”


O presidente sul-africano, Cyril Ramaphosa, comentou o caso durante uma visita à fábrica da BMW no país. Embora tenha reconhecido o avanço do projeto nos comitês da Câmara norte-americana, afirmou que o diálogo com os EUA continuará. “Estamos confiantes de que nossas negociações resultarão em acordos construtivos”, disse.


Ainda assim, Ramaphosa enfrenta uma encruzilhada diplomática: manter relações estratégicas com os EUA sem ceder à pressão de uma política externa cada vez mais coercitiva. Enquanto isso, Zimbábue ressurge como um aliado barulhento, incitando a África do Sul a permanecer firme diante das ameaças econômicas da superpotência.



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