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A arte em defesa da liberdade religiosa e contra o preconceito

Exposição em Guarujá destaca cultura islâmica e promove liberdade religiosa


O município de Guarujá sediou o evento “Liberdade Religiosa e Cultura Islâmica”, promovido pela Prefeitura por meio da Secretaria de Direitos Humanos e com apoio do Fórum Inter-religioso Municipal, em celebração ao Dia Estadual da Liberdade Religiosa.


Durante três dias, o público teve acesso a uma exposição que reuniu objetos, artefatos e obras visuais relacionados à tradição islâmica. O destaque ficou por conta da artista plástica Diana Emidio, que apresentou uma série de pinturas que dialogam com a estética e os valores do Islã, valorizando suas expressões simbólicas e espirituais. Diana, conhecida por seu trabalho que explora símbolos e narrativas do Oriente Médio, Diana apresentou quadros que retratam elementos da cultura islâmica com sensibilidade, profundidade estética e respeito à simbologia religiosa. Uma de suas obras mais emblemáticas retrata a Mesquita Al-Aqsa, uma das mesquitas mais importantes para muçulmanos de todo o mundo, localizada em Al-Quds (Jerusalém), na Palestina — tema que ela abordou recentemente em outra iniciativa com a plataforma Clandestino.



Diana Emidio
Diana Emidio


Diana Emidio vem se consolidando como uma voz comprometida com causas humanitárias, tendo desenvolvido séries voltadas ao reconhecimento das culturas invisibilizadas, sobretudo do mundo árabe-islâmico. Sua participação no evento do Guarujá reforçou o papel da arte como mediadora de diálogos e instrumento de combate ao preconceito.






O encerramento da programação contou com uma palestra do sheik iraniano Hossein Khaliloo, diretor do Centro Imam Mahdi para o Diálogo no Brasil, que abordou os princípios da fé islâmica e a importância do respeito inter-religioso no combate à intolerância. Segundo ele, “o Islã é uma religião de paz e justiça, mas sofre com generalizações que o distanciam do público ocidental”.


A escolha do Islã como tema central das ações inter-religiosas de 2025 foi motivada pela necessidade de dar visibilidade a uma religião que ainda é pouco compreendida no Brasil. Em fala durante o evento, o adido cultural do Irã no Brasil, Ali Reza Mirjalili, destacou a relevância de iniciativas que abram espaço para o intercâmbio cultural e o entendimento mútuo.


Mais do que uma mostra artística, o evento foi um convite à empatia. Ao reunir líderes religiosos, artistas e estudiosos, Guarujá reafirmou o papel da arte e da educação como instrumentos potentes contra o preconceito e em favor da construção de uma sociedade mais justa e plural. Em suas palavras finais, Khaliloo enfatizou: “A verdadeira liberdade religiosa só floresce quando nos dispomos a conhecer e respeitar aquilo que é diferente de nós.”




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