SharePoint comprometido: Microsoft vira alvo de críticas em ataque cibernético mundial
- www.jornalclandestino.org

- 21 de jul.
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Hackers exploraram uma vulnerabilidade grave no SharePoint Server, software da Microsoft amplamente utilizado para compartilhamento de documentos, comprometendo sistemas sensíveis de agências governamentais e empresas em todo o mundo. O ataque, revelado nesta segunda-feira (21) pelo Washington Post, atingiu organizações nos Estados Unidos, União Europeia, China e Brasil, segundo fontes oficiais e especialistas em segurança cibernética.

A brecha de segurança — até então desconhecida — permitiu aos invasores o roubo de chaves criptográficas que mantêm acesso mesmo após a reinicialização dos sistemas, tornando a ameaça persistente. A vulnerabilidade passou despercebida mesmo após uma recente atualização de segurança da Microsoft, lançada apenas duas semanas antes do ataque.
“Qualquer pessoa que tenha um servidor SharePoint hospedado tem um problema”, alertou Adam Meyers, da empresa de segurança CrowdStrike, que classificou o caso como “uma vulnerabilidade significativa”. Ainda não se sabe quem está por trás do ataque.
Microsoft em crise de confiança
A Microsoft confirmou a violação e afirmou que está colaborando com o Departamento de Segurança Interna e o Departamento de Defesa dos EUA para conter os danos. No momento, não há correção disponível para a falha, e a empresa recomenda que clientes afetados desconectem seus servidores da internet como medida de precaução.
O incidente aprofunda a crise de confiança na capacidade da Microsoft de proteger seus sistemas. A empresa, uma das principais fornecedoras de software para governos, enfrenta uma série de falhas de segurança recentes, incluindo invasões às redes internas e às contas de e-mail de seus altos executivos.
Soberania digital ganha urgência
O caso reacende o debate global sobre soberania digital e dependência de empresas de tecnologia ocidentais. Governos ao redor do mundo, especialmente na União Europeia, China e Rússia, intensificam esforços para reduzir o uso de software estrangeiro em suas infraestruturas críticas.
A UE tem ampliado o apoio a soluções tecnológicas domésticas e avalia a adoção de políticas de aquisição que priorizem fornecedores locais. Já a China planeja substituir todo hardware e software estrangeiro até 2027, enquanto a Rússia desenvolve plataformas estatais e redes isoladas após classificar tecnologias dos EUA como ameaça à segurança nacional.
A Microsoft, por sua vez, suspendeu a venda de novos produtos na Rússia desde a escalada do conflito na Ucrânia em 2022 e hoje opera de forma bastante restrita no país.



































































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