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Missão: faturar — Bezos quer voar mais alto com queda de Musk

O empresário Jeff Bezos estaria tentando tirar proveito da recente briga entre Elon Musk e o presidente dos Estados Unidos, Donald Trump, para fortalecer a posição da Blue Origin, sua empresa de exploração espacial, junto ao governo estadunidense. A informação foi divulgada pelo Wall Street Journal, com base em fontes próximas às negociações.


 Jeff Bezos
 Jeff Bezos

Segundo o jornal, Bezos se reuniu com Trump pelo menos duas vezes em junho. Além disso, o CEO da Blue Origin, Dave Limp, também esteve na Casa Branca, onde se encontrou com Susie Wiles, chefe de campanha do presidente, com o objetivo de discutir possíveis parcerias.


Os encontros aconteceram logo após um embate público entre Trump e Musk, motivado por divergências sobre um projeto de lei relacionado a impostos e gastos públicos. O atrito entre os dois, antes aliados políticos, rapidamente se tornou uma troca de acusações nas redes sociais.


A rivalidade entre as empresas Blue Origin, de Bezos, e SpaceX, de Musk, não é novidade. A SpaceX, no entanto, tem conquistado maior protagonismo no setor, sendo atualmente a principal parceira da NASA e responsável por uma série de lançamentos bem-sucedidos. Em 2024, a empresa de Musk firmou um contrato de US$ 5,9 bilhões com a Força Espacial dos EUA para 28 missões. A United Launch Alliance recebeu US$ 5,3 bilhões para 19 voos, enquanto a Blue Origin garantiu US$ 2,4 bilhões para sete lançamentos.


De acordo com o WSJ, Bezos e Trump discutiram o desejo do presidente de realizar uma missão tripulada à Lua durante um eventual segundo mandato. Ainda segundo fontes, Bezos chegou a convidar Trump para seu casamento em Veneza, mas o presidente teria recusado por conta de outros compromissos.


A ruptura entre Musk e Trump teria se intensificado após a saída de Musk da liderança do Departamento de Eficiência Governamental (DOGE). O empresário passou a criticar as políticas fiscais de Trump, alegando que elas inviabilizavam seus planos de enxugar gastos do governo.


A troca de farpas incluiu acusações de "ingratidão" por parte de Musk, ameaças de suspender voos da nave Dragon e até uma postagem polêmica – depois apagada – que ligava Trump ao financista e criminoso sexual Jeffrey Epstein. Posteriormente, Musk afirmou que se arrependeu de alguns comentários e reconheceu que havia ido longe demais.

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