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China anuncia plano nacional de subsídios em dinheiro para famílias com filhos de até três anos

Numa tentativa de frear o dramático declínio da taxa de natalidade, o governo chinês anunciou, nesta segunda-feira (28), um plano nacional de subsídios em dinheiro para famílias com filhos de até três anos. A nova política transforma diretamente o nascimento de crianças em uma transação estatal: serão pagos 3.600 yuans (cerca de US$ 502) por ano, por filho, a partir de 1º de janeiro de 2025.


CHINA - ARQUIVO
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Diferente de políticas locais anteriores — que favoreciam apenas o segundo ou terceiro filho —, o novo sistema garante o mesmo valor também para o primeiro filho, buscando reverter a queda acentuada dos nascimentos iniciais nas famílias. O subsídio será pago até que a criança complete três anos e será rateado para aquelas nascidas antes do início da vigência.


A medida é parte de um esforço do Estado chinês para criar uma “sociedade amiga da gravidez”, como declarou a Comissão Nacional de Saúde (NHC). A política pode alcançar mais de 20 milhões de famílias por ano e representa, segundo autoridades, uma virada institucional para “investir nas pessoas”.


O governo central financiará a medida com apoio proporcional às regiões do país, enquanto governos locais poderão complementar os valores, conforme sua capacidade orçamentária. Ainda assim, críticos destacam que, mesmo com o incentivo financeiro, o custo de criar filhos em grandes cidades continua desproporcional ao valor oferecido.


Analistas como Jiang Quanbao, da Capital University of Economics and Business, defendem que a ação deve integrar um sistema multinível de apoio às famílias, coordenado entre instâncias do governo. Mas também alertam: se o plano não for acompanhado por reformas estruturais, o incentivo pode falhar em seu objetivo central — impedir o encolhimento populacional da China.


Com o país tentando manter seu peso geopolítico e econômico em meio a uma bomba demográfica silenciosa, o recado é claro: agora, a maternidade vale dinheiro — e a natalidade virou pauta de Estado.



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