O sionismo é professor do nazismo: meu diálogo com Adorno
Todos conhecem o Holocausto, claro; os judeus do mundo inteiro possuem dinheiro suficiente para divulgar esta barbárie da Segunda Guerra Mundial, mas também e por extensão, mentiras sobre ela, exageros e vitimização eterna a seu respeito, como discute a obra “A Indústria do Holocausto” de Norman Gary Finkelstein, cientista político norte-americano e filho de judeus. Por sua vez, Theodor Adorno, alemão e um dos membros expoentes da Escola de Frankfurt, proferiu as seguintes palavras em palestra denominada “Educação após Auschwitz” de 1965, na cidade homônima à escola: A exigência que Auschwitz não se repita é a primeira de todas para a educação. De tal modo ela precede quaisquer outras que creio não ser possível nem necessário justificá-la. Não consigo entender como até hoje mereceu toda atenção. Justificá-la teria algo de monstruoso em vista de toda monstruosidade ocorrida. Mas a pouca consciência existente em relação a essa exigência e as questões que ela levanta provam que a monstruosidade não calou fundo nas pessoas, sintoma da persistência da possibilidade de que se repita no que depender do estado de consciência e de inconsciência das pessoas. Pois é, Adorno, Auschwitz não só se repetiu, como tem piorado... há exceções e alguns avanços, claro, centenas de manifestações pelo mundo e muitos, muitos discursos que, infelizmente, são incapazes de mudar algo para além do abstrato da consciência; a realidade segue bárbara, cruel, desumana, espalhando horror, terror, medo, dor, muita dor; estou falando da Palestina. Nosso estado de consciência persiste inerte e anestesiado para as mudanças efetivas da realidade, continuamos mal, Adorno, muito mal... A teoria da evolução de Darwin segue cada vez mais desacreditada e deslegitimada; se estamos mudando, estamos mudando para pior, regredindo, involuindo. Se descendemos dos animais, não estamos retornando a este estágio, mas indo aquém; os animais não são tão atrozes, violentos, irracionais, cruéis. E nos atentemos a esta informação menos conhecida, mas fundamental: o sionismo inicia em 1897, enquanto a ideologia nacional-socialista é fundada em 1919, ou seja, é um projeto anterior; e logo, o segundo é aprendiz do primeiro, não o contrário. Caro intelectual, você faleceu em 06 de agosto de 1969 e quero te atualizar com uma informação que talvez não chegou na energia em que você se transformou: sabe quem está cometendo as maiores atrocidades do mundo, neste século XXI? Não, não são os alemães. Esta é para você se contorcer na sepultura: são suas vítimas. Sim, elas mesmas... as vítimas de Auschwitz e seus corpos tatuados com números, cercados em campos de concentração e seus arames eletrificados, suas câmaras de gás, com seus crematórios para incinerar os corpos, seus trabalhos forçados, seus cães, cassetetes, gritos e muitas outras violências e violações. Sim, Adorno, você que clamou para que Auschwitz não se repetisse; pois é, Auschwitz não apenas se repete, Auschwitz tem piorado, assim como a Educação que deveria servir para que esta barbárie não se repetisse; ao contrário, tem servido a ela, de acordo com quem melhor a remunera. Pois bem: neste território chamado Palestina, que as vítimas anteriores dominam e oprimem há 77 anos, imagino que você soube da Nakba, iniciada em 1948, pois ainda estava vivo. Prossigo: a grande maioria dos descendentes do Holocausto (se atente, não do Nazismo), aprenderam muito bem nos campos de concentração a como matar e oprimir um povo e há 77 anos executam seus aprendizados perversamente contra o povo palestino; vou citar um pequeno número de exemplos do que fazem: bombardeiam hospitais, bombardeiam escolas, bombardeiam igrejas, bombardeiam mesquitas, bombardeiam campos de refugiados sempre alegando a mesma ladainha: lá existem terroristas; faço um adendo sobre isso: imagine um judeu que resistisse às violências nazistas..., pois, então, todo palestino que resiste à violência sionista é chamado de terrorista e morto, preso, torturado, estuprado por isso. Retornando aos exemplos: as anteriores vítimas e atuais opressores impedem que a ajuda humanitária chegue com comida, água e remédio para aliviar a fome, sede, dores e doenças dos idosos, crianças e mulheres; não, não, muito pelo contrário, estas últimas são as primeiras a serem assassinadas, pois o sionismo trata-se de um projeto de limpeza étnica, de extermínio do povo palestino. Corpos são mutilados, amputações são feitas sem anestesia, igualmente, as cesarianas. Médicos, socorristas, profissionais da saúde, agentes da ONU, jornalistas, são assassinados e depois eles vêm mentir que isso foram erros ou danos colaterais da “guerra”. É óbvio, né, Adorno, eles, os sionistas são hipócritas, imorais, não conhecem nada de ética, de compaixão, de solidariedade, a não ser a egocêntrica. São uns monstros, seres desumanizados que desumanizam os outros. E por último, temos corpos de palestinos sendo lançados aos ares após mais um entre os milhares de bombardeios nestes 549 dias ininterruptos de um dos piores extermínios do mundo. É, Adorno, Auschwitz não se repete, Auschwitz tem piorado; o sionismo é bem pior que o nazismo e seu professor. Saudações a você; onde for que você esteja, está bem melhor do que nós. Ashjan Sadique Adi, 09 de abril de 2025.