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Desigualdade social em queda: Reajuste salarial supera inflação em 78% das negociações de junho

Levantamento divulgado pelo Departamento Intersindical de Estatísticas e Estudos Socioeconômicos (Dieese) nesta segunda-feira (21) aponta que 78,5% das negociações salariais com data-base em junho conquistaram reajustes acima da inflação. Entre as 181 negociações analisadas, a média dos aumentos reais foi de 1,05% superior ao Índice Nacional de Preços ao Consumidor (INPC), um cenário de recuperação do poder de compra dos trabalhadores.


AVENIDA PAULISTA - ARQUIVO
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Os dados contrastam fortemente com os registrados em junho de 2022, durante o governo Bolsonaro, quando apenas 37% das categorias conseguiram aumentos reais — ou seja, pouco mais de um terço obteve reajustes superiores à inflação no período.


Os setores de turismo, hotelaria, comércio (atacado e varejo) e transportes foram os principais responsáveis por puxar os números para cima, conforme detalha o boletim “De Olho nas Negociações”, do próprio Dieese. O estudo também indica uma queda acentuada na quantidade de negociações com reajustes abaixo do INPC, atualmente em torno de 5%.


Entre os acordos firmados em junho de 2025, o boletim registra uma variação média real entre 1,05% e 1,20% acima do índice inflacionário, com 142 negociações apontando aumento médio de 1,39%. Já os acordos que resultaram em perdas salariais apresentaram uma média negativa de -0,85%.


Outro dado relevante do relatório é a “relativa estabilização do patamar inflacionário”. Segundo o Dieese, os reajustes na casa dos 5,20% em junho foram suficientes para suprir as necessidades básicas das famílias. Para julho, a expectativa é de um leve recuo, com projeções girando em torno de 5,18%.


Desigualdade social em queda

Além do avanço nas negociações salariais, outros indicadores econômicos mostram melhora. Segundo estudo da FGV Social com base na Pnad Contínua, a renda do trabalho dos 50% mais pobres cresceu 10,7% em 2024, ritmo 50% superior ao observado entre os 10% mais ricos (6,7%). Trata-se da maior redução da desigualdade social registrada no país nos últimos anos.


Com a taxa de desemprego em 6,2% e a renda média atingindo R$ 3.057,00 em 2024 — o maior valor já registrado —, o cenário econômico desafia as previsões negativas do mercado. Mesmo com a taxa Selic elevada, a combinação entre emprego e renda tem impulsionado o crescimento, criando condições mais favoráveis para os trabalhadores nas mesas de negociação.


Como costuma dizer o presidente Luiz Inácio Lula da Silva: “É a roda da economia girando.”

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