Europa ajoelha promete vingança: acordo tarifário com EUA é visto como “erro estratégico”
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- 29 de jul.
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O recente acordo para reduzir tarifas entre Estados Unidos e União Europeia para 15% está sendo duramente criticado por especialistas e entidades do setor comercial. Julian Hinz, diretor do Centro de Pesquisa de Política Comercial do Instituto Kiel, classificou o acordo como um “mau negócio”, ressaltando que, embora inferior à ameaça anterior de uma tarifa de 30% proposta durante o governo Trump, ele ainda representa um grave retrocesso para o sistema global de comércio baseado em regras.
Para Hinz, o pacto enfraquece os princípios fundamentais do livre comércio internacional e representa um erro estratégico significativo por parte dos europeus. Em sua avaliação, a Europa aceitou um compromisso injusto que impõe danos duradouros à sua autonomia econômica e ao equilíbrio do comércio global.
A insatisfação também ecoou entre os empresários. A Federação Alemã de Atacado, Comércio Exterior e Serviços (BGA) lamentou os termos do acordo, classificando-o como um “compromisso doloroso” que representa uma ameaça existencial para muitas empresas europeias. Para o presidente da entidade, Dirk Jandura, o acordo deve servir como um alerta: “É hora de a Europa reduzir sua dependência dos Estados Unidos”, afirmou em declaração à Reuters.
Jandura defendeu uma nova postura estratégica para o bloco europeu, com foco na diversificação de parceiros comerciais. “Precisamos firmar novos acordos com outras potências industriais do mundo”, disse, sinalizando uma tentativa de escapar da influência dominante de Washington.
As declarações sugerem um crescente descontentamento dentro da União Europeia quanto à submissão econômica diante dos EUA, reforçando o debate sobre soberania e reequilíbrio geopolítico em tempos de tensões comerciais.




























































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