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Hamas denuncia "O preço do silêncio árabe"

Em declaração emitida nesta terça-feira (7), o Hamas criticou o que chamou de “vergonhoso silêncio e cumplicidade internacional e abandono árabe sem precedentes”, ressaltando que a população de Gaza permanece sob ataques constantes, bloqueios e deslocamentos forçados. O movimento apontou que acordos de normalização e parcerias econômicas entre Israel e alguns Estados árabes enfraqueceram a pressão política em favor dos palestinos.


Segundo a organização, a população palestina esperava que capitais árabes convertessem solidariedade popular em influência diplomática, mas declarações formais e condenações simbólicas não se traduziram em ações efetivas. Em julho de 2025, a Liga Árabe defendeu um horizonte pós-guerra que exigiria o desarmamento do Hamas, proposta criticada em Gaza por excluir a participação direta dos moradores e autoridades locais na definição de seu futuro.


Hamas I arquivo
Hamas I arquivo

O Hamas destacou o contraste entre a resposta limitada dos governos árabes e a atuação de movimentos como Ansar Alaah, do Iêmen, que manteve ataques direcionados contra Israel em solidariedade a Gaza, mesmo sob risco de retaliação. O grupo ressaltou que enquanto estados árabes ricos restringem protestos e ações de solidariedade, organizações externas, como a Flotilha Global Sumud, enfrentaram interceptações e bloqueios em tentativas de fornecer ajuda humanitária e visibilidade internacional ao sofrimento palestino.


A declaração também criticou a mediação internacional, citando o plano de paz de Donald Trump como exemplo de marginalização do Hamas. Líderes do movimento afirmaram não ter sido consultados antes da divulgação da proposta, que foi moldada por Israel e apresentada como um acordo a ser aceito ou rejeitado, destacando a percepção de que decisões críticas sobre Gaza são tomadas sem envolver os próprios palestinos.


Para o Hamas, a resistência política e social permanece como única alternativa diante do que descrevem como exclusão e traição. A organização reforçou que a luta não é apenas simbólica, mas uma necessidade imposta pelas circunstâncias, mantendo firme o objetivo de defender direitos nacionais, preservar Al-Aqsa e resistir à ocupação, independentemente da ação ou omissão de governos árabes e potências internacionais.


Segundo o grupo, dois anos após a Operação Tempestade de Al-Aqsa, mais de 67 mil pessoas morreram em Gaza, e o “custo do silêncio e do abandono” já está registrado nas ruínas da região. O Hamas conclui que a resistência continuará como resposta às pressões externas, mantendo a população enraizada em seu território e comprometida com a memória dos mártires e a preservação de seus direitos.

2 comentários


Karla Ferrini
Karla Ferrini
09 de out.

Os árabes se renderam, se venderam ao ocidente e traíram os seus.

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Zina Covesi
Zina Covesi
08 de out.

É simplesmente ensurdecedor esse silêncio

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