Irã cogita deixar Tratado de Não-Proliferação Nuclear após ataque dos EUA
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- 23 de jun.
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A permanência do Irã no Tratado de Não-Proliferação de Armas Nucleares (TNP) pode estar com os dias contados. Após o bombardeio das instalações nucleares iranianas por ordem do presidente dos Estados Unidos, Donald Trump, o Comitê de Segurança Nacional e Política Externa do Parlamento iraniano anunciou que irá debater, em sessão futura, a possível retirada do país do acordo internacional.
A informação foi confirmada neste domingo (22) por Ebrahim Rezai, porta-voz da comissão parlamentar, à agência local Tasnim. Segundo ele, a maioria dos membros do comitê expressou duras críticas à atuação da Agência Internacional de Energia Atômica (AIEA) e defendeu a suspensão da cooperação com a instituição.
“A retirada do TNP será uma das propostas em análise na próxima sessão do Parlamento. Os parlamentares entendem que, diante da flagrante agressão cometida pelos Estados Unidos, é necessário revisar com urgência o compromisso do Irã com o tratado”, afirmou Rezai.

A declaração foi feita após uma reunião extraordinária do comitê, que contou com a presença do vice-presidente da Organização de Energia Atômica do Irã e do vice-ministro das Relações Exteriores. Durante o encontro, foi discutida a necessidade de uma resposta “firme, proporcional e dissuasiva” aos ataques de Washington.
Os parlamentares também expressaram apoio às Forças Armadas do Irã, elogiando os esforços de retaliação contra Israel, especialmente após o assassinato de proeminentes cientistas nucleares iranianos — ações atribuídas ao regime sionista.
“A resposta do Irã deve ser clara e determinada, tanto no plano operacional quanto no diplomático”, enfatizou o porta-voz, ao defender que os ataques às instalações nucleares de Natanz, Fordow e Isfahan representam uma violação grave da soberania nacional.
O ataque dos EUA foi lançado no início da manhã de domingo, e é visto por Teerã como parte de uma ofensiva mais ampla coordenada com Israel, cujas agressões já vinham ocorrendo desde 13 de junho. A resposta iraniana segue em curso com a operação militar True Promise III, que visa alvos estratégicos nos territórios ocupados.
Autoridades iranianas alertam para o envolvimento de potências externas no conflito e reiteram o direito legítimo do país à autodefesa diante de agressões que já resultaram em dezenas de vítimas civis, militares e cientistas.
Fonte: HispanTV



































































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