Israel viola cessar-fogo com bombardeios que resultam em mais de 100 mortos palestinos, incluindo 35 crianças
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Mais de 100 palestinos foram mortos em uma série de bombardeios realizados por Israel na Faixa de Gaza, de acordo com informações da Defesa Civil local e de hospitais da região, nesta quarta-feira (29). Os ataques, que ocorreram em um intervalo de menos de 12 horas, marcam uma grave escalada de violência e violação do acordo de cessar-fogo vigente.
O porta-voz da Defesa Civil em Gaza, Mahmud Basal, confirmou o número de vítimas.
"Pelo menos 101 mortos foram levados aos hospitais, incluindo 35 crianças, várias mulheres e idosos, em consequência dos ataques aéreos israelenses", declarou.
O balanço foi posteriormente corroborado por cinco hospitais que atenderam as vítimas. A distribuição dos corpos pelas unidades de saúde ilustra a extensão da tragédia: o Hospital Al-Aqsa, em Deir al-Balah, recebeu 10 corpos; o Hospital Nasser, em Khan Younis, recebeu 20, dos quais 13 eram crianças; e o Hospital Al-Awda registrou a entrada de 30 corpos, incluindo 14 crianças.

O governo israelense emitiu um comunicado justificando a ação militar. Após uma reunião de segurança, o primeiro-ministro Benjamin Netanyahu ordenou ao Exército que realizasse "poderosos bombardeios na Faixa de Gaza" imediatamente. A ofensiva foi "justificada" como uma resposta a supostas violações do cessar-fogo por parte do Hamas.
Em resposta, o Hamas negou veementemente as acusações israelenses. O grupo de resistência palestino contra-atacou, afirmando que Israel cometeu 125 violações do cessar-fogo desde que o acordo entrou em vigor, no dia 10 de outubro, e que essas violações já teriam resultado na morte de 94 palestinos. Como medida de retaliação pelos bombardeios, o grupo anunciou a suspensão da entrega do corpo de um refém israelense, que estava prevista para ocorrer nesta terça-feira (29). O braço armado do grupo, as Brigadas Ezedin al-Qassam, emitiu um comunicado afirmando:
"Adiaremos a entrega prevista por violações da ocupação. Qualquer escalada sionista dificultará as buscas, as escavações e a recuperação dos corpos".
Enquanto os ataques ainda ocorriam, o porta-voz da Defesa Civil, Mahmud Basal, fez um comentário sobre o cenário político mais amplo, afirmando que "o plano de paz para Gaza enfrentará desafios" e que "os palestinos não estarão satisfeitos até que a estabilidade seja alcançada em Gaza, uma transição para o governo civil seja concretizada e progressos tangíveis sejam feitos em direção à paz". A situação permanece volátil, com o cessar-fogo, que já era frágil, agora sob grave risco de colapso total.




















































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