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"Justiça" absolve sete réus no processo sobre o incêndio ocorrido no Ninho do Urubu que matou dez jovens atletas

A decisão da Justiça do Rio de Janeiro de absolver os sete réus restantes no processo sobre o incêndio ocorrido no Ninho do Urubu, centro de treinamento do Flamengo, gerou forte reação de familiares das vítimas e ampla repercussão nas redes sociais. O incêndio, ocorrido em fevereiro de 2019, matou dez jovens atletas das categorias de base do clube, entre 14 e 16 anos, que dormiam no alojamento atingido pelas chamas.


Mural em memória das vítimas
Mural em memória das vítimas

A sentença, assinada pelo juiz Tiago Fernandes de Barros, da 36ª Vara Criminal da Capital, concluiu que não houve “culpa penalmente relevante” por parte dos acusados e destacou a “impossibilidade de estabelecer um nexo causal seguro entre as condutas individuais e a ignição do fogo”. Com isso, o magistrado absolveu os sete réus que ainda respondiam ao processo criminal. O Ministério Público do Rio de Janeiro (MPRJ) anunciou que pretende recorrer da decisão, buscando a responsabilização dos envolvidos.


O caso teve grande impacto nacional e é considerado uma das maiores tragédias do esporte brasileiro. Os jovens mortos — Bernardo Pisetta, Christian Esmério, Vitor Isaías, Pablo Henrique, Arthur Vinícius, Samuel Thomas, Rykelmo Viana, Gedson Santos, Jorge Eduardo e Athila Paixão — estavam alojados em contêineres adaptados, que, segundo investigações, não atendiam às normas de segurança exigidas para hospedagem.


Entre os familiares, a decisão provocou indignação e sensação de impunidade. “É uma indignação muito grande, um sentimento de impotência. São nossos filhos, e nada acontece”, disse Darlei Pisetta, pai do goleiro Bernardo Pisetta, de 14 anos. Andreia Candido, mãe de Christian Esmério, de 15, afirmou que perdeu a fé na Justiça brasileira: “É revoltante receber uma notícia dessas, como se nossos filhos não tivessem valor.”


Josete Itavalda Adão, mãe de Vitor Isaías, também reagiu com tristeza e incredulidade. “Desde 2019 eu não melhorei mais. A falta do meu filho dói muito, mas ainda acredito que a Justiça tarda, mas não falha”, declarou. A decisão reacende o debate sobre a responsabilização de clubes e dirigentes em casos de negligência, bem como a necessidade de maior fiscalização em estruturas esportivas destinadas a jovens atletas.

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