Líderes religiosos de Jerusalém visitam Gaza após bombardeio a igreja católica que matou três pessoas
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- 18 de jul
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Nesta sexta-feira, os principais líderes cristãos de Jerusalém realizaram uma visita rara à Faixa de Gaza, um dia após um projétil israelense atingir a única igreja católica da região, causando a morte de três pessoas.

O Patriarca Latino de Jerusalém, Pierbattista Pizzaballa, acompanhado pelo Patriarca Ortodoxo Grego Teófilo III, expressou a "preocupação pastoral conjunta das Igrejas da Terra Santa", conforme divulgado pelo Patriarcado Latino de Jerusalém.
Durante a visita, os religiosos estiveram na Igreja Católica da Sagrada Família, que sofreu danos no ataque. A delegação anunciou planos para enviar centenas de toneladas de ajuda humanitária, incluindo alimentos, suprimentos médicos e equipamentos, destinados às famílias em Gaza. Também foi confirmada a evacuação dos feridos para hospitais fora do território.
O ataque, que aconteceu enquanto a igreja abrigava cristãos e muçulmanos — incluindo crianças com deficiência — gerou ampla condenação internacional. O papa Leão XIV reforçou seu apelo por um cessar-fogo imediato, e o ex-presidente dos Estados Unidos, Donald Trump, manifestou sua preocupação diretamente ao primeiro-ministro israelense Benjamin Netanyahu.
Israel lamentou o ocorrido, classificando-o como um acidente e informou que uma investigação está em curso. Segundo o governo israelense, "fragmentos de um projétil disparado durante operações na área atingiram acidentalmente a igreja".
O zelador da paróquia, de 60 anos, e uma mulher de 84, que recebia apoio em uma tenda da organização Caritas no complexo, foram mortos no ataque. O pároco Gabriel Romanelli sofreu ferimentos leves.
Desde o início da ofensiva israelense em maio, poucas pessoas, além de trabalhadores humanitários e pacientes palestinos buscando tratamento fora de Gaza, conseguiram entrar ou sair do território, tornando a visita dos líderes religiosos ainda mais incomum.
O conflito tem causado milhares de vítimas civis. Segundo o Ministério da Saúde de Gaza, mais de 58.600 palestinos foram mortos, com mulheres e crianças representando mais da metade desse total.
Enquanto isso, Israel continua justificando seus ataques afirmando que militantes do Hamas operam a partir de locais civis, incluindo escolas, hospitais e abrigos, o que, segundo os palestinos, elimina qualquer espaço seguro para a população.


























































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