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Na ONU, Lula condena massacre de civis em Gaza e cobra sanções contra Israel diante da omissão do Conselho de Segurança

Durante a Conferência Internacional para a Resolução Pacífica da Questão Palestina, realizada em Nova York em 22 de setembro de 2025, o presidente Luiz Inácio Lula da Silva afirmou que a resposta militar de Israel na Faixa de Gaza configura tentativa de extermínio do povo palestino. Ao lado de líderes da França e da Arábia Saudita, Lula defendeu o reconhecimento pleno do Estado palestino e criticou a paralisia do Conselho de Segurança da ONU.


No início de sua intervenção, o presidente brasileiro lembrou que a proposta da criação de dois Estados remonta a 1947, quando a ONU aprovou o plano de partilha apresentado pelo diplomata Oswaldo Aranha. Segundo Lula, o fracasso em implementar essa decisão histórica permitiu que apenas Israel se consolidasse como Estado, enquanto a Palestina permanece sob ocupação e violações contínuas.


Conferência Internacional de Alto Nível para a Solução Pacífica da Questão da Palestina e a Implementação da Solução de Dois Estados, 22 de setembro de 2025. ©Ricardo Stuckert / PR
Conferência Internacional de Alto Nível para a Solução Pacífica da Questão da Palestina e a Implementação da Solução de Dois Estados, 22 de setembro de 2025. ©Ricardo Stuckert / PR

Lula denunciou a expansão de assentamentos ilegais e qualificou a situação como “limpeza étnica em tempo real”. Para ele, o bloqueio político imposto pelo uso recorrente do veto no Conselho de Segurança desvirtua o papel da ONU e impede avanços concretos. O presidente defendeu que a Assembleia Geral assuma a condução do tema e sugeriu a criação de um comitê inspirado no modelo que pressionou pelo fim do apartheid na África do Sul.


Ao abordar a crise humanitária, Lula afirmou que:


“nada justifica matar crianças, destruir lares ou usar a fome como arma de guerra”.

Embora tenha condenado atos "terroristas" do Hamas, ressaltou que a reação israelense ultrapassa qualquer parâmetro de legítima defesa e configura “tentativa de aniquilar o sonho palestino de nação”. O presidente destacou que mais de meio milhão de palestinos não têm acesso a alimentos suficientes, comparando o número à população de cidades como Miami ou Tel Aviv.


O chefe do Executivo brasileiro recordou que o Brasil reconheceu formalmente o Estado da Palestina em 2010, dentro das fronteiras de 1967, e citou o recente movimento internacional que ampliou esse reconhecimento, incluindo países como Canadá, Reino Unido, Espanha, Irlanda, Noruega, Eslovênia e Portugal. Atualmente, cerca de 80% dos Estados-membros da ONU já apoiam a soberania palestina.


Lula concluiu sua fala defendendo que a questão palestina seja tratada como prioridade global. Para ele, a solução de dois Estados representa um ato de justiça histórica e uma forma de recuperar a credibilidade do multilateralismo.


“Afirmar o diálogo e a autodeterminação da Palestina é um passo essencial para restituir nosso sentido coletivo de humanidade”, disse, reforçando que a comunidade internacional não pode mais se omitir diante do que classificou como genocídio em Gaza.

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