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Lula e Petro rejeitam ingerência externa e lançam centro policial internacional na Amazônia

Em Manaus, o presidente Luiz Inácio Lula da Silva inaugurou nesta terça-feira (9) o Centro de Cooperação Policial Internacional (CCPI), iniciativa que reúne os nove países amazônicos para combater o narcotráfico, o garimpo ilegal e o desmatamento. O evento contou com a presença do presidente colombiano Gustavo Petro e da vice-presidente do Equador, María José Pinto.


A criação do CCPI ocorre em meio a uma escalada militar dos Estados Unidos no Caribe. O governo norte-americano posicionou navios de guerra com 4 mil soldados e deslocou caças F-35 para Porto Rico, sob o pretexto de operações antinarcóticos, movimento que gerou preocupação entre países da região.


“Não precisamos de intervenções estrangeiras, nem de ameaças à nossa soberania. Somos perfeitamente capazes de encontrar nossas próprias soluções”, afirmou Lula durante a cerimônia. Ele reforçou que a cooperação regional é a única forma de enfrentar o que classificou como “multinacionais do crime” que operam na Amazônia.


Presidente da República, Luiz Inácio Lula da Silva, durante visita e cerimônia de inauguração do Centro de Cooperação Policial Internacional da Amazônia (CCPI Amazônia). Manaus – AM Foto: Ricardo Stuckert / PR
Presidente da República, Luiz Inácio Lula da Silva, durante visita e cerimônia de inauguração do Centro de Cooperação Policial Internacional da Amazônia (CCPI Amazônia). Manaus – AM Foto: Ricardo Stuckert / PR

Petro, por sua vez, alertou para a possibilidade de uma “invasão da Venezuela” e criticou qualquer tentativa de governos sul-americanos de apoiar a movimentação militar dos EUA. “Resolver divergências políticas é uma coisa. Outra, bem diferente, é aceitar o fim da nossa dignidade e da nossa soberania”, declarou.


O CCPI deverá coordenar a atuação das forças de segurança dos países amazônicos em áreas tradicionalmente dominadas por redes criminosas. Segundo a Presidência brasileira, a expectativa é que o órgão ajude a fortalecer a presença estatal em regiões vulneráveis, onde máfias extraem recursos naturais de forma ilegal e movimentam somas milionárias.


A iniciativa também está inserida no contexto da COP30, que será realizada em Belém em novembro, reforçando o papel da Amazônia como peça central na luta global contra as mudanças climáticas.


Petro destacou ainda a dimensão política do problema: “A máfia compra policiais, juízes, promotores, políticos e até presidentes, não só na América Latina, mas também nos Estados Unidos. Essas máfias tornaram-se os principais destruidores da Amazônia.”


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