Mali nega liberdade para quatro executivos de mineradora canadense acusados de crimes financeiros
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- 25 de jul.
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Um tribunal do Mali rejeitou o pedido de liberdade condicional para quatro executivos locais da Barrick Mining Corporation, detidos desde novembro de 2024 sob suspeita de lavagem de dinheiro e financiamento do terrorismo. A decisão foi divulgada nesta terça-feira (23) pela advogada da empresa, Alifa Habib Kone, segundo a agência Reuters. O juiz Samba Sarr classificou a solicitação como "infundada".
A Barrick, uma das maiores mineradoras de ouro do mundo, contesta as acusações, que considera infundadas e arbitrárias. A empresa atua no Mali há quase 30 anos, mas as relações se deterioraram após disputas envolvendo impostos e royalties. Em novembro, além das detenções, um mandado de prisão foi emitido contra o CEO da empresa, Mark Bristow.

As tensões aumentaram quando o governo militar do Mali exigiu um pagamento imediato de 125 bilhões de francos CFA (cerca de US$ 197 milhões) em receitas supostamente não quitadas. A Barrick propôs um plano de pagamento parcelado, que foi rejeitado.
No mês passado, a gestão do complexo de ouro Loulo-Gounkoto — localizado no oeste do país — foi transferida temporariamente a um administrador indicado pelo governo, por decisão judicial. A Barrick, que detém 80% da operação (os outros 20% pertencem ao Estado malinês), considerou a medida ilegal e levou o caso ao tribunal de arbitragem do Banco Mundial.
Segundo a Bloomberg, autoridades malinesas apreenderam cerca de uma tonelada de ouro da mina, que deve ser vendida para custear a manutenção do complexo sob administração estatal.
Em paralelo, o Mali tem fortalecido parcerias fora do eixo ocidental. Em junho, anunciou um acordo com o Grupo Yadran, da Rússia, para construir uma refinaria de ouro com 62% de controle estatal, reforçando sua estratégia de ampliar os lucros provenientes da mineração.





































































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