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Microsoft suspende serviços de nuvem e IA a unidade militar israelense após denúncias de vigilância em massa

A Microsoft anunciou nesta quinta-feira (25) a suspensão de serviços de computação em nuvem e inteligência artificial utilizados por uma unidade do Ministério da Defesa de Israel, após uma revisão interna identificar indícios que corroboram denúncias de vigilância em larga escala contra palestinos em Gaza e na Cisjordânia ocupada. A medida surge em meio a crescentes pressões sobre a responsabilidade das empresas de tecnologia no uso militar de suas ferramentas e levanta novas discussões sobre ética corporativa em zonas de conflito.


Segundo a companhia, a investigação foi iniciada após reportagem publicada pelo jornal britânico The Guardian, que revelou que uma agência de monitoramento militar israelense fazia uso da plataforma de nuvem Azure para armazenar grandes volumes de ligações telefônicas palestinas interceptadas. A apuração apontou ainda o uso de sistemas de inteligência artificial da empresa para analisar esse material.


@_mahmoudhamda
@_mahmoudhamda

O presidente da Microsoft, Brad Smith, afirmou em um comunicado que a revisão interna encontrou evidências consistentes com as denúncias, incluindo o armazenamento de dados do Ministério da Defesa israelense em servidores localizados na Holanda. Smith frisou que a companhia “não fornece tecnologia com a finalidade de possibilitar vigilância em massa contra civis”, defendendo a suspensão imediata dos serviços.


Apesar da decisão, a Microsoft confirmou que continuará oferecendo suporte em áreas de cibersegurança a Israel e a outros países do Oriente Médio, alegando que tais serviços estão voltados para a proteção contra ataques digitais. A distinção entre tecnologias suspensas e mantidas, no entanto, reacendeu debates sobre os limites da cooperação empresarial em contextos de guerra e ocupação militar.


O episódio ocorre semanas após a demissão de quatro funcionários da Microsoft que protestaram contra a parceria da empresa com Israel em meio ao conflito em Gaza. Entre eles, dois realizaram manifestações no escritório do próprio presidente da companhia. À época, a direção justificou as demissões alegando “graves violações de políticas internas” e “preocupações de segurança” relacionadas às manifestações.


2 comentários


Zina Covesi
Zina Covesi
26 de set

Tudo o que está ligado à Israhell é colocado na balança da dúvida, houve um tempo em que achávamos que as empresas eram o que apresentavam com idoneidade mas não sabíamos que essa idoneidade tinha lado.

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Respondendo a

Pois é...


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