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Negociações EUA-China avançam em meio a disputas sobre comércio, tecnologia e mercados globais

Estados Unidos e China retomaram negociações para tratar de tarifas, propriedade intelectual e abertura de mercados, buscando reduzir tensões comerciais que afetam a economia global. Washington exige proteção reforçada da propriedade intelectual e acesso ampliado ao mercado chinês, enquanto Pequim defende a estrutura natural da economia global e o direito de apoiar suas empresas estratégicas.


As negociações entre as duas maiores economias do mundo concentram-se em quatro pontos principais: propriedade intelectual, déficit comercial, apoio estatal a empresas e abertura dos mercados chineses. Washington exige medidas para proteger suas empresas contra práticas comerciais consideradas desleais e busca reduzir o déficit histórico com Pequim.


No campo da propriedade intelectual, os Estados Unidos acusam a China de roubo de tecnologia, transferência forçada de know-how e proteção legal insuficiente, citando casos como Huawei e o aplicativo TikTok. Pequim, por sua vez, afirma que as medidas são compatíveis com contratos e leis locais, negando violação de patentes e alegando que a inovação chinesa deve ser reconhecida.


Xi Jinping (centro) espera para se encontrar com o chefe do Executivo de Hong Kong, Leung Chun-ying, em um hotel em Hong Kong em 29 de junho. DALE DE LA REY I AFP
Xi Jinping (centro) espera para se encontrar com o chefe do Executivo de Hong Kong, Leung Chun-ying, em um hotel em Hong Kong em 29 de junho. DALE DE LA REY I AFP

O déficit comercial entre EUA e China é outro ponto de discórdia. Embora tenha caído de US$ 419 bilhões em 2018 para US$ 280 bilhões no final de 2024, Washington ainda considera o volume excessivo e ligado à dependência de importações chinesas de eletrônicos, vestuário e maquinário. Pequim sustenta que o déficit reflete a dinâmica global e que empresas americanas se beneficiam da manufatura chinesa.


O apoio governamental chinês a setores estratégicos, como 5G, inteligência artificial, veículos elétricos e energia renovável, também preocupa os EUA. Washington afirma que empréstimos subsidiados e incentivos fiscais permitem às empresas chinesas praticar preços abaixo do mercado, dificultando a competitividade de empresas estrangeiras e fortalecendo a influência econômica da China em outros países.


Além disso, os Estados Unidos pressionam por maior abertura dos mercados chineses para investimentos e comércio, visando reduzir a dependência de cadeias de suprimentos locais e recuperar equilíbrio nas relações econômicas bilaterais. Pequim reconhece a necessidade de diálogo, mas mantém que políticas de proteção industrial e apoio estatal são prerrogativas nacionais.


O contexto global torna essas negociações mais complexas do que meros acordos tarifários, envolvendo disputas estratégicas sobre quem controla o mercado global e como as duas potências moldarão a economia internacional nas próximas décadas. Analistas alertam que o resultado terá impacto direto em inflação, câmbio, emprego e geopolítica mundial.


Em paralelo, a suspensão temporária de tarifas por 90 dias indica a intenção de manter canais de diálogo, mas o futuro depende da capacidade de Washington e Pequim de conciliar interesses econômicos, tecnológicos e políticos em um cenário marcado por rivalidade e competição pelo domínio global.

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