Sindicato dos Jornalistas Palestinos afirma que ocupação cometeu novo massacre contra a imprensa
- www.jornalclandestino.org
- 25 de ago.
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Tradução: ©clandestino
O Sindicato dos Jornalistas Palestinos lamentou, nesta segunda-feira (25), a morte de quatro profissionais de imprensa em um ataque aéreo israelense que atingiu o Complexo Médico Nasser, em Khan Younis, no sul da Faixa de Gaza. O episódio, descrito pela entidade como um massacre, elevou para 244 o número de jornalistas mortos desde o início da ofensiva militar.
Em comunicado, o Sindicato afirmou que o bombardeio representa “mais um crime no registro sangrento da ocupação israelense” e evidencia a intenção deliberada de silenciar a imprensa, atingindo “a voz livre, a câmera que testemunha e os Cavaleiros da Palavra”. A entidade destacou que os quatro profissionais foram mortos enquanto exerciam sua missão jornalística de documentar a agressão em curso contra Gaza.
As vítimas foram identificadas como:
Hussam al-Masri, cinegrafista da TV Palestina e da Reuters;
Mohamed Salameh, cinegrafista da Al Jazeera;
Maryam Abu Daqqa, jornalista colaboradora da Independent Arabia e da AP;
Moaz Abu Taha, repórter da rede norte-americana NBC.

Outros jornalistas também ficaram feridos, entre eles os fotojornalistas Hatem Omar (Reuters) e Jamal Badah (Palestine Today).
Segundo o Sindicato, o ataque “representa uma grave escalada contra jornalistas palestinos” e confirma que Israel conduz “uma guerra aberta contra a mídia livre, com o objetivo de intimidar e impedir o trabalho profissional de expor seus crimes ao mundo”. A entidade atribuiu total responsabilidade à ocupação israelense e defendeu que seus líderes sejam julgados como criminosos de guerra.
O texto também apelou à comunidade internacional, às Nações Unidas e à Federação Internacional de Jornalistas para que abandonem a mera condenação verbal e adotem medidas concretas de proteção aos profissionais de imprensa. O silêncio global diante dessas mortes, segundo a nota, equivale a cumplicidade no derramamento de sangue inocente.
Encerrando a declaração, o Sindicato expressou condolências às famílias das vítimas e reafirmou que os sacrifícios dos jornalistas não serão em vão, assegurando que suas vozes e testemunhos permanecerão vivos como prova dos crimes cometidos.