“Os Estados Unidos são nosso adversário e seu loquaz pacificador entrou completamente no caminho da guerra com a Rússia.” Dmitry Medvedev
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- 23 de out.
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O ex-presidente russo e atual vice-presidente do Conselho de Segurança Nacional, Dmitry Medvedev, declarou que a política do presidente dos Estados Unidos, Donald Trump, tornou-se abertamente beligerante em relação à Rússia. Em entrevista concedida à agência Sputnik, Medvedev afirmou que o governo norte-americano “abandonou qualquer postura pacifista e assumiu o caminho da guerra”.

As declarações ocorrem um dia após Trump anunciar o cancelamento de uma reunião previamente agendada com o presidente russo, Vladimir Putin, que seria realizada em Budapeste. Embora o chefe de Estado norte-americano não tenha descartado um encontro futuro, a decisão foi interpretada em Moscou como um agravamento das tensões diplomáticas entre os dois países.
Na mesma ocasião, o Departamento do Tesouro dos Estados Unidos anunciou sanções econômicas contra as duas maiores companhias petrolíferas da Rússia — Lukoil e Rosneft — e suas subsidiárias. Segundo Washington, as medidas visam pressionar Moscou a demonstrar “compromisso real” com um processo de paz duradouro na Ucrânia.
Medvedev reagiu com veemência às medidas, acusando o governo norte-americano de agir em coordenação com aliados europeus para enfraquecer a economia russa.
“Se alguém ainda tinha ilusões, elas acabaram. Os Estados Unidos são nosso adversário e seu loquaz pacificador entrou completamente no caminho da guerra com a Rússia”, afirmou.
O político russo também ironizou a aproximação de Trump com líderes europeus, afirmando que “o presidente norte-americano simpatizou completamente com a Europa louca” e que as sanções impostas representam “um ato de guerra econômica”.
As novas medidas norte-americanas ampliam o pacote de restrições contra o setor energético russo, já afetado desde o início do conflito na Ucrânia. De acordo com especialistas, o impacto poderá atingir também o mercado global de petróleo, com possível elevação dos preços e reconfiguração das rotas de exportação.
Apesar da escalada de tensão, o Kremlin informou que permanece aberto ao diálogo com Washington, mas considerou “provocativa” a decisão de Trump de cancelar o encontro bilateral. Fontes do governo russo indicam que uma nova rodada de conversas poderá ser tentada por meio de intermediários europeus, embora a confiança entre as partes esteja em seu ponto mais baixo desde o início do conflito.
Analistas internacionais veem o episódio como mais um capítulo na deterioração das relações entre Rússia e Estados Unidos, que voltam a se distanciar após breves tentativas de reaproximação diplomática. As declarações de Medvedev reforçam o tom de confronto que domina as comunicações entre Moscou e Washington nas últimas semanas.



































































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