Paquistão denuncia preparativos de guerra por parte da Índia
- Clandestino
- há 5 dias
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Islamabad soou o alarme nesta quarta-feira (30), ao declarar possuir “informações credíveis” sobre um possível ataque militar da Índia. A denúncia, feita pelo ministro da Informação, Attaullah Tarar, reacende o temor de uma nova escalada bélica entre duas potências nucleares historicamente em rota de colisão.

De acordo com Tarar, o governo indiano estaria prestes a lançar uma ofensiva. Ele alertou que qualquer ato de "aventureirismo militar" por parte da Índia será enfrentado com uma resposta "segura e decisiva" por Islamabad.
O alerta paquistanês vem na esteira do ataque ocorrido em 22 de abril, na região de Pahalgam, na Caxemira, território sob administração indiana. Nova Deli responsabilizou o Paquistão pelo atentado, acusando-o de apoiar os grupos responsáveis, alegações negadas com veemência por Islamabad.

O primeiro-ministro indiano, Narendra Modi, adotou um tom agressivo ao prometer caçar os responsáveis "até aos confins do mundo". Seu partido, o Bharatiya Janata (BJP), declarou que o governo não mostrará "nenhuma tolerância ao terrorismo" e garantiu que Modi concedeu carta branca às forças armadas para reagirem com força total.
A tensão intensificou-se com a decisão unilateral da Índia de suspender um importante tratado de partilha de água com o Paquistão, considerada “ilegal” por Islamabad. Além disso, os cidadãos paquistaneses foram expulsos do território indiano, enquanto ambos os países fecharam seu espaço aéreo mútuo.
A crise remete a 2019, quando, após um atentado em território indiano, Nova Deli bombardeou áreas no Paquistão, elevando a rivalidade a níveis perigosos. O território da Caxemira, cuja soberania é disputada integralmente por ambos os lados, continua sendo o epicentro deste embate duradouro.
Diante da gravidade da situação, o secretário-geral da ONU, António Guterres, interveio diplomaticamente, apelando para que Índia e Paquistão evitem qualquer confronto militar que possa acarretar "consequências trágicas".