Soldados israelenses disparam contra mais de 160 crianças, muitas atingidas na cabeça ou no peito, em Gaza
- www.jornalclandestino.org

- 2 de ago
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Um levantamento do Serviço Mundial da BBC documentou pelo menos 160 casos de crianças atingidas por disparos durante a ofensiva israelense em Gaza, muitas delas alvejadas na cabeça ou no peito. A Cruz Vermelha Internacional advertiu que tamanha violência contra menores não pode ser encarada como algo “normal” em conflitos armados.

Entre as vítimas, estão Layan al-Majdalawi, de dois anos, e Mira Tanboura, de seis, mortas em incidentes distintos em novembro de 2023, em áreas sob presença militar israelense. Segundo a BBC, 95 dos casos analisados envolvem tiros na região da cabeça ou do tórax, e 59 deles foram confirmados por depoimentos diretos de testemunhas, equipes médicas e organizações de direitos humanos.
O relatório denuncia que Israel restringe a entrada de jornalistas estrangeiros em Gaza, dificultando a apuração independente. A destruição em larga escala e o deslocamento forçado da população também complicam a coleta de informações.
O Comitê Internacional da Cruz Vermelha declarou à BBC que o mundo não pode aceitar como “novo normal” uma guerra que permita a morte deliberada de tantas crianças. Organizações como a UNICEF e a Agência da ONU para Refugiados Palestinos (UNRWA) já alertaram que Gaza se transformou em um “cemitério de crianças” diante da ofensiva militar.
De acordo com dados divulgados pelo Ministério da Saúde de Gaza, desde outubro de 2023, pelo menos 18.592 menores foram mortos por ataques israelenses, em um total de 60.332 palestinos mortos. O levantamento inclui nove bebês assassinados no dia do nascimento, além de outros que morreram nas primeiras horas ou dias de vida em decorrência de bombardeios e ataques aéreos.





































































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