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#TarcisioTraidor: Tarifaço de Trump atinge Tarcísio de Freitas

O governador de São Paulo, Tarcísio de Freitas (Republicanos-SP), encontra-se em uma situação de isolamento político, sofrendo duras críticas de aliados bolsonaristas, empresários e veículos da grande mídia paulista. A controvérsia explodiu após a imposição de um "tarifaço" de 50% pelo presidente dos Estados Unidos, Donald Trump, ao Brasil, e a subsequente reação do governador, que foi classificada como oportunista e desastrada.


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As redes sociais refletiram o descontentamento, com a hashtag #TarcisioTraidor viralizando e quase dois terços das críticas partindo de perfis alinhados à direita e ao bolsonarismo, conforme estudo da AP Exata. A polêmica começou em 9 de julho, quando Trump divulgou sua retaliação ao governo Lula. O jornal O Estado de S. Paulo rapidamente publicou um editorial intitulado "Coisa de Mafiosos", condenando Trump e criticando Tarcísio por ter defendido o presidente dos EUA. O periódico chegou a mencionar o governador vestindo um boné do movimento "Make America Great Again" (Maga) e cumprimentando Trump após as primeiras ameaças ao Brasil.


A Folha de S.Paulo, por sua vez, no dia 10 de julho, em editorial "Chantagem rasteira de Trump não passará", foi ainda mais incisiva, cobrando de Tarcísio uma definição sobre de que lado está: "Ou bem Tarcísio defende os exportadores paulistas e a soberania brasileira ou continua posando de joguete de boné de um agressor estrangeiro e da família Bolsonaro". A pressão da grande mídia, que via Tarcísio como o presidenciável preferido para 2026, fez o governador recuar. Em vez de continuar a bajular Jair Bolsonaro e tentar responsabilizar o presidente Lula pelo tarifaço, Tarcísio adotou uma agenda de contenção de danos, buscando diálogo com o empresariado e o governo estadunidense.


No entanto, essa mudança de postura gerou uma nova onda de ataques, desta vez do próprio bolsonarismo. Eduardo Bolsonaro (PL-SP), deputado federal licenciado, lamentou a reunião de Tarcísio com Gabriel Escobar, encarregado de negócios da embaixada dos Estados Unidos em Brasília, classificando-a como "um desrespeito comigo".


Os apoiadores de Bolsonaro, então, intensificaram as ofensas nas redes, com a crítica central sendo a de que o governador estaria se distanciando da pauta bolsonarista e adotando uma postura independente.

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