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Três britânicos são acusados por apoiar grupo pró-Palestina classificado como terrorista pelo governo do Reino Unido

Três cidadãos britânicos foram formalmente acusados nesta quinta-feira (7) por manifestarem apoio à organização Palestine Action, recentemente classificada como grupo terrorista pelo governo do Reino Unido. Esta é a primeira vez que pessoas são processadas com base na nova designação legal da entidade, informou a Polícia Metropolitana de Londres.


Jeremy Shippam e Judit Murray, ambos de 71 anos, e Fiona Maclean, de 53, foram presos em 5 de julho durante um protesto na capital britânica em apoio ao movimento pró-palestina. Eles deverão comparecer ao tribunal de Westminster no dia 16 de setembro. Caso sejam condenados, podem enfrentar até seis meses de prisão e/ou multa de até 5 mil libras (cerca de R$ 36 mil).


As acusações ocorrem dois dias antes de uma nova manifestação marcada para sábado em Londres, em resposta à criminalização do grupo. A polícia alertou que qualquer demonstração de apoio público à Palestine Action poderá resultar em prisão. “Qualquer pessoa que manifeste apoio a uma organização proibida estará cometendo um crime sob a legislação antiterrorismo”, declarou Dominic Murphy, comandante da unidade antiterrorista da polícia londrina.


Além dos três acusados, outros 26 detidos no mesmo protesto estão sob investigação, e seus casos serão encaminhados ao Ministério Público.


Manifestação pró-Palestina em Londres: confronto entre polícia e extrema direita, contra-manifestantes
Manifestação pró-Palestina em Londres: confronto entre polícia e extrema direita, contra-manifestantes


A Palestine Action foi incluída, no início de julho, na lista de organizações consideradas terroristas no Reino Unido. A decisão foi tomada após militantes do grupo realizarem ações de vandalismo, como o ataque a uma base da Força Aérea britânica. Fundado em 2020, o coletivo se define como uma rede de ação direta contra o que chama de “conivência britânica com crimes israelenses”, especialmente no que diz respeito à venda de armamentos.


A legalidade da medida está sendo contestada judicialmente por Huda Ammori, cofundadora da organização. Grupos como o Defend Our Juries têm promovido manifestações em todo o país para contestar a proibição, classificada como "desproporcional" por especialistas da ONU.


De acordo com Tim Crosland, porta-voz do Defend Our Juries, mais de 200 pessoas já foram detidas em manifestações semelhantes. Para o protesto de sábado, os organizadores estimam a participação de ao menos 500 pessoas.


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Diante disso, a polícia reforçou o alerta: “Recomendo fortemente que quem estiver pensando em ir a Londres neste fim de semana para apoiar a Palestine Action esteja ciente das consequências legais”, reiterou Murphy.


Pela lei britânica, exibir símbolos ou mensagens de apoio a um grupo terrorista pode resultar em até seis meses de prisão. Já integrar ou incentivar apoio a uma organização listada como terrorista pode acarretar pena de até 14 anos.


Em reação à medida, cerca de 50 personalidades, incluindo as renomadas ativistas Naomi Klein e Angela Davis, assinaram uma carta publicada no The Guardian pedindo que o governo britânico revogue a classificação da Palestine Action como organização terrorista.

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