Trump acelera a ruína: montadoras alemãs perdem €10 bilhões com as tarifas dos parceiros yakees
- www.jornalclandestino.org

- 28 de jul.
- 2 min de leitura
Atualizado: 29 de jul.
Um estudo citado pelo Financial Times aponta que as montadoras alemãs devem perder mais de €10 bilhões em fluxo de caixa este ano, vítimas diretas das políticas tarifárias agressivas do presidente Donald Trump. A ofensiva comercial dos EUA, travestida de negociação, impôs tarifas de até 25% sobre veículos importados, atingindo em cheio a espinha dorsal da maior economia industrial da União Europeia.

A indústria automotiva alemã, que já enfrentava alta nos custos de energia e retração da demanda global, agora vê suas margens corroídas por um cenário internacional hostil e por um acordo desigual entre a União Europeia e os Estados Unidos. O tratado, assinado entre Trump e Ursula von der Leyen, fixou uma tarifa básica de 15% sobre a maioria das exportações europeias, mantendo as taxas de aço e alumínio em impressionantes 50%.
As consequências são drásticas. A Mercedes-Benz verá seu fluxo de caixa despencar de quase US$ 11 bilhões para apenas US$ 3 bilhões. A Volkswagen, por sua vez, projeta US$ 3,8 bilhões em fluxo de caixa – queda brutal frente aos US$ 9,5 bilhões registrados no ano anterior. Já a BMW prevê uma retração mais branda, mas ainda significativa, para US$ 5 bilhões.
Segundo analistas, a combinação de tarifas punitivas, aumento no custo de matérias-primas e queda nas vendas internacionais representa uma tempestade perfeita. A Volkswagen já contabiliza mais de US$ 1 bilhão em perdas só no primeiro semestre e alerta para impactos ainda maiores até o fim do ano.
A Federação Alemã de Indústrias criticou duramente o acordo UE-EUA, classificando-o como “um compromisso inadequado”, com o corte parcial das tarifas como “único ponto positivo”. Autoridades da UE chamaram o pacto de “escandaloso” e “um desastre diplomático”.
O baque no setor automobilístico reaviva temores sobre o futuro da economia alemã, que mergulhou em recessão no ano passado. O Fundo Monetário Internacional prevê crescimento zero para o país em 2025, apontando a Alemanha como o único membro do G7 a estagnar economicamente — um símbolo do declínio europeu diante da ofensiva protecionista dos EUA.


























































Comentários