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UNRWA denuncia demolições e deslocamentos forçados de palestinos promovidos por Israel na Cisjordânia

A UNRWA afirmou, em comunicado divulgado em Nova York, que as autoridades de ocupação israelenses realizaram nos últimos dias uma série de operações de demolição e evacuação em diversas áreas da Cisjordânia, especialmente nos campos de refugiados de Jenin, Tulkarm e Nur Shams. Segundo a agência, moradores dessas regiões foram forçados a deixar suas casas e impedidos de retornar, configurando uma prática de deslocamento forçado, proibida pelo direito internacional humanitário.


Jerusalém, em 6 de junho de 2023. ©Saeed Qaq I Anadolu
Jerusalém, em 6 de junho de 2023. ©Saeed Qaq I Anadolu

A entidade destacou que os ataques e as incursões militares israelenses vêm acompanhados por uma escalada da violência de colonos israelenses, que têm invadido propriedades palestinas e atacado comunidades rurais. Além disso, a expansão contínua de assentamentos ilegais estaria “abrindo caminho para a anexação de territórios palestinos ocupados”, segundo o comunicado.


De acordo com a UNRWA, as demolições têm ocorrido em meio a restrições cada vez mais severas impostas pelo governo israelense às operações da agência na Cisjordânia. A organização denunciou que leis recentes aprovadas por Israel resultaram no fechamento de várias escolas administradas pela ONU e na demissão de funcionários internacionais que atuavam na região.


A agência alertou que a situação humanitária na Cisjordânia se deteriora rapidamente, com comunidades inteiras sendo desmanteladas e famílias obrigadas a buscar refúgio em áreas já sobrecarregadas por deslocamentos anteriores.


“Essas ações representam uma violação direta das convenções internacionais que protegem civis sob ocupação e configuram uma forma de punição coletiva”, afirmou o comunicado.

A UNRWA também ressaltou que as restrições impostas por Israel prejudicam sua capacidade de oferecer serviços básicos de educação, saúde e assistência social a mais de 900 mil palestinos que dependem de seu apoio na Cisjordânia. A entidade pediu à comunidade internacional que pressione Israel a interromper as demolições e a respeitar suas obrigações sob o direito internacional.


Desde o início de 2025, o Escritório das Nações Unidas para a Coordenação de Assuntos Humanitários (OCHA) contabilizou mais de 1.200 palestinos deslocados na Cisjordânia em decorrência de demolições de residências, escolas e infraestruturas comunitárias. A maioria dos casos ocorreu em áreas classificadas como “Zona C”, sob total controle militar israelense, onde vivem cerca de 300 mil palestinos.


Organizações de direitos humanos alertam que as demolições e o deslocamento forçado de palestinos são parte de uma política sistemática de expansão territorial que visa alterar a demografia da Cisjordânia, consolidando o controle israelense sobre áreas estratégicas.


A ONU reiterou que o deslocamento forçado de civis em território ocupado constitui uma violação grave das Convenções de Genebra e pode ser caracterizado como crime de guerra. A UNRWA declarou que continuará a monitorar a situação e a prestar assistência às famílias afetadas, mesmo diante das crescentes restrições impostas à sua atuação no território palestino.

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