Venezuela se junta à iniciativa chinesa de governança global e reforça postura contra intervencionismo
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O presidente venezuelano, Nicolás Maduro, anunciou nesta segunda-feira (1º) a adesão da Venezuela à Iniciativa de Governança Global proposta pela China, durante a Cúpula da Organização de Cooperação de Xangai (OCX). O movimento busca promover um sistema internacional baseado na igualdade soberana dos Estados, no respeito ao direito internacional e no multilateralismo.
Em entrevista coletiva, Maduro afirmou que o país assinará o documento oficial, alinhando-se a dezenas de outras nações que já integram a iniciativa promovida pelo presidente chinês Xi Jinping. O projeto, segundo ele, visa “paz, desenvolvimento, um futuro compartilhado e harmonia mundial”, destacando a necessidade de uma ordem global livre de “ameaças, chantagens ou supremacismo”.
O governo venezuelano destacou, em comunicado oficial, que a adesão reforça princípios como a igualdade soberana, a prática genuína do multilateralismo e o foco no bem-estar das populações. Além disso, Caracas enfatizou que a iniciativa fortalece a América Latina e o Caribe como uma Zona de Paz, ao mesmo tempo em que reafirma a rejeição a medidas coercitivas unilaterais e qualquer forma de intervenção externa.
A Iniciativa de Governança Global está inserida no contexto da OCX, bloco formado por China, Rússia, Cazaquistão, Quirguistão, Tadjiquistão e outros países. Xi Jinping destacou que a iniciativa busca construir um sistema internacional equitativo, promovendo cooperação e uma comunidade global com futuro compartilhado.
Especialistas observam que a adesão da Venezuela reforça a estratégia do país de consolidar alianças fora do eixo tradicional ocidental, enquanto amplia seu engajamento em fóruns multilaterais que defendem o princípio da soberania nacional e o respeito às normas internacionais.
